terça-feira, 30 de junho de 2009

O Francisco foi passear em São Chico.


Neste final de semana, Fabricio e eu levamos o Francisco para passear em São Chico.
Foi um final de semana perfeito, com aquele frio de rachar os ossinhos todos do corpo, numa casa muito fofa, com amigos mais fofos ainda e entre uma batida de queixo e outra, a gente comeu, bebeu um vinhozinho (eu com aquela moderação que toda a grávida tem), deu muitas risadas... enfim, tudo de bom.
O Francisco conheceu uma livraria linda (guardem este nome Livraria Miragem), tomou um chocolate quente dos deuses e ganhou seu primeiro livro de histórias. São todos os contos que passam de geração em geração, mas que nunca perdem o seu charme: Chapéuzinho Vermelho, Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela Adormecida... e uns que nunca vi mais gordos, como O Macaco que andava vestido. Já fiz a seleção dos que eu quero contar (como mãe, posso escolher os melhores pra mim, né?). Acho que vou começar a ler o quanto antes pro Francisco ir se acostumando com o mundo maravilhoso da literatura.
Nesta foto estamos fazendo um passeio pelo Lago São Bernardo (vale ir até lá tomar um chima olhando a natureza e curtindo o silêncio). Um lugar lindo, que tem bem no meio dele uma ilha onde muiiiittttoooosss patos moram, é a Patolândia, literalmente.
Ah nesta foto eu to com barriga de 24 semanas, quase seis meses. Tá maior né?
Bia e Glédson, agrecimento especial por terem nos ajudado a apresentar São Chico para o nosso Francisco.




Minha barriga e eu.




Pra vocês, minhas amigas que estão longe e que não conseguem me ver evoluir no barrigão, lá vai minha fotinho de barriga. Aqui eu estava com cinco meses e pouquinho... Nem preciso dizer que esta foto já está desatualizada... a barriga de seis meses é bem maior do que esta.


Mas fica para um próximo post.







quarta-feira, 24 de junho de 2009

Muito prazer, eu sou o Francisco!


Coisas que a gente aprende no curso de gestantes:

- o leite materno nunca altera o seu PH e nunca muda de temperatura (que doido, né?)
- a grande maioria dos casos de cólicas em bebês é provocada pelo mau posicionamento do bebê no peito, pq quando ele suga ele puxa ar e isso causa cólia.
- segundo a nutricionista nada que a mãe coma faz mal pro bebê que está sendo amamentado. (não acredito nela)
- cerveja preta e coisas doces não dão mais leite. O bom mesmo é água e pronto!
- uma taça de vinho por semana não faz mal pro bebê, mas uma taça por dia ela não recomenda. E outras bebidas alcóolicas também são desnecessárias (essa é a única vantagem de ser o pai durante a gestação)
- casca de mamão não ajuda a curar fissuras nas mamas (nunca pensei em andar por aí com uma casca de mamão no sutiã mesmo!)
- chás contendo canela não causam aborto
- a barriga não volta ao normal logo na saída da maternidade (exceto para as globais, atrises internacionais e cantoras de axé)
- se o leite da mãe não desce logo, as enfermeiras dão NAN de copinho pros bebês. E eles tomam direitinho hehehe
- o primeiro cocô a gente nunca esquece e é o mais difícil de limpar
- apesar do que disseram no curso, dar banho no bebê continua sendo algo amedrontador. Tapar os ouvidos, não molhar o coto umbilical (sabe o que é isso?), não deixar sabonete entrar nos olhos, lavar na frente e nas costas... ai que medo!!! (dar banho vai ser em dupla por alguns meses, eu acho)
- cuidar do coto umbilical (aquele pedaço feioso e nojentinho do cordão umbilical que fica pendurado no umbigo do bebê durante uma semana ou mais até cair) é mais fácil do que eu imaginava.
- não se usa nada além de álcool 70% no coto (nada, mesmo. ignorem tias, mães, avós, bisavós e amigos de amigos que digam qualquer coisa em contrário)
- abdominais são ótimos na gestação. Ajudam ao músculo do abdômem que simplesmente fica aberto (meddooooo) a voltar pro seu lugar de origem mais rápido. Pra isso o Pilates é um santo remédio. Eu recomendo. Mas vamos ver depois que o Francisco nascer, se vai ficar tudo bem. I hope so! Nunca tive barriga de tanquinho, mas ficar com uma pança caída realmente não faz parte dos meus planos. Qualquer coisa, vendo o carro e faço uma plática. Andar de bike pode ajudar a ficar em forma e ainda ajuda no meio ambiente hihihihi
- Não. Não existe manual para identificar os tipos de choro do bebê. É tentativa e erro mesmo. Mas antes de sair colocando o peito pra fora, certifique-se de que: não está cocô nem xixi, não está com frio, com febre, com sono, querendo carinho, querendo colo... Se tudo for "não", aí sim, dê o peito. Ah, às vezes é só sede mesmo, aí ele mama dois segundos e larga...e isso pode sim, acontecer às duas da manhã.
- Mesmo os papais mais medrosos deveriam acompanhar o parto. Os nove meses são todos sentidos pela mãe e no momento do parto é a chance que o pai tem de viver tudo isso, tocar seu filhote, cortar o cordão, acompanhar o pediatra em todos os procedimentos, vestir a primeira roupinha, mostrar o filho com aquele orgulho todo pra todo mundo. Tem uma cena que sempre me lembro: aquele pai sorridente, vindo pelo corredor, com seu filho nos braços, todo orgulhoso e com os olhos meio vermelhos de emoção. É um momento muito especial pro pai, acho que ver um pquinho de sangue aqui ou ali, acaba sendo irrelevante.
- As mamães devem permitir que os pais façam parte de todo o processo. Cada um vai ter um jeito de fazer as coisas e isso não quer dizer que seja certo ou errado, é simplesmente o jeito de cada um. Trocar fraldas, dar banho, acordar pra dar uma olhadinha no bebê durante a noite, ajudar a por pra dormir... Todas estas tarefas podem - e devem - ser divididas entre mãe e pai, sob pena do bebê ficar apenas com uma referência e a mãe não conseguir mais sair de perto dois segundos, se não o nenê chora. Para aquelas mamis modernas como euzinha (me achei né?) que querem continuar frequentando a manicure, fazendo uma escovinha no salão de vez em quando, fazendo algumas comprinhas no shopping e jantando de vez em quando com as amigas, incluir o pai desde cedo carimba o passaporte para continuar a vida pós parto. Pensem nisso. Eu diria mais, incluam os avós neste processo desde cedo, pq vai dar vontade de sair só com o maridão de vez em quando pra viver aquele momento "casal" e aí os avós caem como uma luva. E gente, ficar três horinhas fora, não tem problema nenhum e vai dar uma calibradinha na relação do casal, que vai estar há muito tempo falando só em fraldas, hipoglós, cólica, refluxo e tudo mais que envolva o seu filhote.
- Uma última dica: os papis e mamis de primeira viagem devem fazer o cursinho de gestantes. A gente tá adorando. Aprendendo um monte de coisas e trocando experiências com vários casais que estão vivendo o mesmo momento e que tem as mesmas angústias e dúvidas que a gente. Isso é realmente tranquilizador. E o que é melhor, é "di grátis".

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pra viver um grande amor


Fabricio e eu estamos juntos há quase dez anos. É um bocado de tempo. Quando olho pra trás e lembro do começo de tudo dá uma vontade de rir. Eu de aparelho fixo nos dentes, um cabelo que eu achava suuuppppeeeerrr moderno pra época, sempre de roupas pretas; ele de cavanhaque e camiseta de banda, sempre com o mesmo tênis, no auge dos seus 20 anos e ambos sem a menor noção de tudo que íamos viver juntos.
A nossa história começou meio sem querer. Na verdade, eu encontrei o Fabricio quando já tinha parado de procurar um grande amor. Na minha lista de paixões estavam muitas histórias furadas e vários amores que eu jurava que seriam "pra sempre" e que não passaram do primeiro aniversário. E então, apareceu o Fabricio. Numa noite fria, numa festa furada, onde eu até estava acompanhada. Eu olhei pra ele e simplesmente gelei. Nunca mais fui a mesma depois dessa noite. Pedi pro meu "casinho" me levar pra casa pq eu estava morrendo de dor de cabeça e dali em diante não parei mais de pensar naquele carinha, amigo do namorado da minha melhor amiga. Bom deste dia em diante, foram alguns encontros armados e frustrados, alguns planos mirabolantes que deram errado (sempre bolados por mim, claro), um beijo quase roubado, até que um dia a gente caiu um na vida do outro de verdade. E aqui estamos. Dez anos depois, com muitas histórias pra contar, muitas conquistas bacanas que só a união verdadeira entre duas pessoas proporciona e o nosso primeiro filho a caminho. Quase um comercial de margarina, se não fosse a vida real, com seus altos e baixos e aqueles "cocô day" que acontecem de vez em quando na vida de qualquer casal de carne e osso. Mas acho que pra gente viver um grande amor é preciso um pouquinho de tudo isso. Uma boa dose de romantismo, uma dose master blaster de paciência e tolerância (na verdade essas duas, quanto mais melhor), uma admiração mútua e constante, daquelas que fazem os olhos brilharem quando a gente pensa na pessoa. Muito importante também é olhar na mesma direção e isso não significa pensar igual, mas querer igual. No meio disso tudo tem que ter muito sexo... nunca deixem este ítem de lado, please!
Tem que ter também muita conversa (DR para alguns), porque falar é praticamente uma sessão de desemcapetamento, quase uma terapia de casal. As vezes temos que falar mais e outras ouvir mais. Mas sempre guardar só o que for relevante e não a lembrança de que em 1994 ele ficou três dias sem dizer eu te amo. E mesmo fazendo tudo isso direitinho, isso não significa que vai ser no estilo "e foram felizes para sempre". Mas se existe amor, existe sempre a vontade de acertar, de fazer melhor, de ver a gente e a outra pessoa feliz. Agora com a chegada do nosso filhote, é muito provável, que nosso casamento passe por uma prova muito grande. Vamos ser pais e não podemos deixar que este fator faça com que a gente seja só isso. Como vai ser nós não sabemos. Mas juntos, como até agora, vamos descobrir. E pra fechar este post de dia dos namorados, vai uma declaração: Fabricio, eu te amo muito, com todo o meu corpo e a minha mente.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um dia a ficha cai.


Na última vez que fui na terapia eu estava meio chateada e contei pra minha terapeuta que às vezes me sentia meio insensível por estar levando a gravidez num nível tão vida normal. Disse a ela que algumas pessoas ficavam me cobrando algumas coisas que eu ainda não sentia ou não fazia, como por exemplo, o culto ao barrigão. Eu não me importo nada com o tamanho da minha barriga, na verdade pra mim, quanto menor, melhor. Acho que é o bebê que tem que crescer e não a minha barriga ou eu. É claro que ela vai crescer, até pq no final deste período é bem provável que ele passe dos 3 quilos e tenha uns 40 cm. Ou seja, naturalmente este espaço vai ser aberto. Aí eu achei o máximo quando ela me disse: "que bom que tu está assim vida normal, curtindo a gravidez do teu jeito e dando esse tempo para ir se adaptando a todas estas mudanças, que aliás não são poucas. Quando o bebê nascer, tu vai entrar numa fase nova de um dia pro outro e tudo vai acontecer naturalmente. Não precisa antecipar as coisas." Ufa! Pq até agora tá tudo acontecendo com muita tranquilidade. Meu corpo tá mudando gradativamente e eu estou me adaptando mais gradativamente ainda a esta mudança. Mas ontem realmente minha ficha caiu. Senti no fundo do meu coração uma coisa me dizendo "tu vai ser mãe".
Sempre que chego em casa após o trabalho ou do pilates eu sempre coloco uma musiquinha pra começar a relaxar e ir passando pra uma fase mais zen do dia. Ontem fiz o mesmo. Coloquei a música Espatódia, apertei o repeat e deitei no sofá. Quando eu percebi eu estava cantarolando a música, quando o Francisco começou a chutar. Noooooossssssaaaa. Foi uma sensação muito linda.
Aí eu falei pra ele: "ah, tu gostou que a mamis tá cantando pra ti?" e então ele mexeu mais e mais e mais. Comecei a gargalhar e chorar ao mesmo tempo e quanto mais eu ria, mais ele mexia. Chamei o Fabrício correndo pra ele sentir também e o Francisco não nos decepcionou. Tão logo o papis colocou a mão na barriga ele começou a mexer pro papai. Os olhos verdes do Fabri brilharam muito ontem. Acho que foi ontem que percebi que tudo isso está realmente acontecendo. Que tem um bebê de 19 cm dentro de mim, que ele está crescendo e até interagindo comigo e com o Fabricio. Que ele pode ouvir e identificar as nossas vozes, que ele gosta de ouvir algumas musiquinhas, que ele fica feliz quando eu estou feliz e também sente quando não estou bem. E o mais legal de tudo isso é pensar que quando ele sair de mim, e eu olhar nos olhinhos dele, vamos estabelecer uma nova relação muito mais intensa e emocionante.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bolhinhas de Francisco

Bom, a barriga tá crescendo a cada dia que passa.
É muito engraçado acordar pela manhã com a sensação de ter engolido uma melancia e ao mesmo tempo não sentir o peso dela. É como se eu fosse dormir de um jeito e acordasse sempre de outro... maior e maior. Para minha total alegria, a única coisa que cresceu até o momento foi mesmo a barriga. O que é um grande alívio e ao mesmo tempo econômico, pq meu guarda-roupa permanece inalterado. Com excessão, claro, de todas as minhas calças preferidas que passaram por uma reforminha básica de colocar suplex no cóz. Aliás, vai esta dica: nada de renovar o guarda-roupas para a gravidez. Com pequenas reformas nas calças o cóz sai e volta sem perdermos aquele roupitcha que adoramos e ao mesmo tempo podemos manter um estilo mais, digamos assim, normal de se vestir.
Mas tem uma coisa muito bacana que começa a acontecer agora, que já estou com 21 semanas (ó, já aprendi a falar em semanas): a gente começa a sentir o bebê mexer. Claro que não posso sentí-lo daquele jeito muito doido da barriga se esticar toda e a gente poder vê-lo passar pra lá e pra cá. Isso começa um pouco mais tarde. Mas o que sinto agora são bolhinhas que batem dentro da minha barriga, como se fossem estourando lá dentro. E antes que alguém como o Fabricio pergunte "não são gases?", não. Não são gases. É muito, muito diferente. E infelizmente, ou felizmente, só eu sinto.
O Fabricio sempre coloca a cabeça na barriga para ouvir ele se mexer e fica todo feliz quando ouve algo que pareça com ele se mexendo. Mas logo, logo, quando o Francisco sentir a energia do pai dele por perto, vai fazer questão de se mexer e aí a gente vai poder ver e sentir. É muito lindo o que tá acontecendo. Na verdade é um milagre mesmo. Uma perfeição sem tamanho. E eu sou muito grata e feliz por ser a protagonista desta história, pq nestes nove meses, nós mulheres temos um papel todo especial neste milagre. O nosso corpo é como um templo que guarda algo divino. Estou amando e curtindo cada partezinha desta história e sei que ela está só começando.
Ó agora mesmo, acabei de sentir uma bolhinha nova!!!