sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Momentos...


Momento só meu.

Eu numa das minhas melhores fases.

Acho que vou sentir falta deste barrigão.


Momentos...


Momento ternura.

Fabri e Matheus fazendo carinho no "Tchitio".

Momentos...


Momento família.

Fabricio, eu com sete meses e alguma coisa, Matheus e Nanda.








quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eu era uma ótima mãe até ter filhos.


Estou lendo um livro muito bacana que virou título deste post. Apesar de tratar a maternidade de um jeito bem mais apocalíptico do que eu imagino (afinal, meu filhote ainda está na tranquilidade da minha barriga e eu, na tranquilidade da minha vida) acaba sendo uma leitura interessante, se considerarmos que todas nós podemos passar por algum daqueles relatos um dia.

Mas uma coisa me fez refletir mais: o fato de que antes de termos filhos somos ótimas mães.
É aquela velha história:
- ah, meu filho não vai fazer toda essa manha pra comer.
- bem capaz que eu ia deixar meu filho se jogar deste jeito no chão do super e promover esta guerra só pq não vai ganhar salgadinho!
- olha aquela criança, só come porcaria. Com meu filho vai ser muito diferente.
- como é que aquela mãe deixa o filho dela fazer tudo o que quer?
- eu não entendo uma criança que só vai dormir depois da meia noite. Os pais é que não sabem educar direito.
- nossa, o filho dela tem qualquer coisinha boba e ela já sai ligando pro pediatra.
- como pode o casamento deles estar passando por uma crise? É só saber separar as coisas.

Ou seja, na tranquilidade da minha gravidez, me pego me sentindo a supermãe modernosa que consegue fazer tudo: equilibrar educação do filho com carreira, marido, vida social e academia de um jeito tão fácil quanto é para o Super Homem voar. A cara da Lolândia (o meu reino particular): um mundo perfeito onde tudo sempre dá certo.

E é aí que está o grande aprendizado deste livro: fazer com que equilibremos as nossas expectativas, exigências e conceitos, para que a maternidade não se transforme em algo impossível de se levar. Faltando pouco mais de dois meses para o Francisco nascer, é muito difícil não pensar em tudo o que vai mudar daqui pra frente. Desde a configuração da casa, com novos objetos, caixas, fraldas por todos os lados, roupinhas de bebê no varal, banheira de plástico e tudo o que envolve ter um recém nascido em casa, até as mudanças em mim, no Fabrício, no nosso estilo de vida, na nossa relação homem/mulher, pai/mãe. É tudo completamente novo e por vezes, assustador. Mas a gente só vai saber como vai ser vivendo cada dia de uma vez. Enfrentando a primeira troca de fralda, o primeiro banho, as noites de sono - ou de falta de sono -, a relação da gente com os palpites de mães, sogras, tias, amigas, irmãs, vizinhas, a nossa vontade incontrolável de acertar, as frustrações, o primeiro tombo com sangue (é praticamente inevitável), os sustos com febre, dor de garganta, refluxo, cólicas e tudo mais que os bebês em plena formação enfrentam... Ufa! Só aí temos uns bons anos pela frente. Mas para mim o nosso desempenho dependerá muito do nosso desprendimento, da tranquilidade de ver as coisas como elas são, nem maiores, nem menores. De não sermos implacáveis com nós mesmos, de sabermos que todos temos limites e que nem sempre dá pra fazer, pra comprar, pra evitar, pra mudar...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

As grávidas e o calor


Eu sei que todo mundo está de saco cheio do frio. De saco cheio de usar três camadas de roupas, mais casaco, mais manta. De ter que entrar no banho tremendo e sair tremendo. De pensar em sexo, mas só com roupa, por favor. De passar hidratante saltitando para esquentar. Mas nestes dois dias de calorzinho pude experimentar o caos que é a vida de uma grávida no verão. E confesso que amo um pouco mais o Francisco por ele ter escolhido - sozinho - este período para vir ao mundo. Eu sou a grávida mais feliz do mundo por passar o auge da gravidez curtindo um friozinho.
Nestes dois dias de 30 graus de temperatura a minha qualidade de vida teve uma queda brutal. Já acordava de manhã me sentindo gorda. Na verdade, muito gorda.
Minha pernas estavam tão inchadas e os pés mais pareciam pães. Eu me sentia uma réplica do dirigível da pepsi. Muito inflada. Acabada. Arrasada. Sem vontade pra absolutamente nada. Só queria ficar deitada, com o ventilador apontado pra mim (o split é a nossa próxima meta orçamentária). O quadro da dor. Coisa sem nenhum glamour. Sem falar na falta de roupas para vestir. Em resumo: odiei meu dia de calor. Não curti nada e achei o ó. Minha recomendação é: se puderem planejar (nem sempre dá certo), engravidem de forma a passar o auge da gravidez no inverno. Engravidem em janeiro ou fevereiro...a gravidez já é cheia de dúvidas, oscilações de humor, preocupações e milhões de idas ao médico, para a gente ainda ter que se sentir gorduchérrima, inchada e com dificuldade de locomoção. No inverno, a gente fica bem mais independente. Mesmo com o barrigão master blaster. Hoje a temperatura caiu e minha auto-estima subiu. Sou uma grávida up novamente. E viva o frio!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A escolha dos "Didis"

"Didi" é um termo muito carinhoso e fofo para dindo. Se formos pensar que no início da fala as crianças não conseguem ligar todas as letrinhas, chamar os dindos de "didis" é bem mais fácil e, cá entre nós, vindo de uma criança tem um significado todo especial.

Agora que já estamos de sete meses chegou o momento crucial da escolha dos "didis". Para mim, esta é uma missão tão importante quanto se alimentar bem e tomar bastante água na gravidez. Escolher os "didis" certos é algo que pode significar muito na vida de uma criança. No meu caso em especial (e isto já rendeu muito na terapia), tive péssimos momentos com meus "didis". Na verdade até hoje não sei bem quem são ou por que meus pais os escolheram. Eles participaram pouco da minha vida e nos poucos momentos em que participaram deixaram uma péssima impressão. Tem uma que nunca esqueço. Na minha Primeira Comunhão, além de toda a pressão de ter que encarar o confessionário pela primeira vez (e última, verdade seja dita), de eu ter esquecido de dizer "amém" antes de tomar a óstia e ter levado uma mijada do padre na frente dos coleguinhas e de toda a minha família diante de uma igreja lotada; no momento mais lindo do dia, que era a tão esperada festinha de comunhão, ganho uma caixa enorme do meu "didi" e animadíssima vou correndo abrir e qual não é minha surpresa quando me deparo com um caminhão de madeira, com caçamba e tudo. Gente, eu era uma menininha de 11 anos. Qualquer coisa como um diário com chave, uma cartela de bonecas de papel com vários modelitos, um par de patins, uma big caixa de chocolates ou sei lá, uma assinatura da Caprinho, me faria feliz. Mas meu didi, sem nem saber meu sexo, pelo jeito, me deu um caminhão... Desastre total. É claro que com criatividade canceriana eu transformei o caminhão em um lindo e feminino porta perfumes e fiquei um pouco menos triste. E assim foi a participação deles na minha vida: feita de poucos contatos, presentes estranhos e quase nada de afeto, pelos menos que eu me lembre.
Por isso que fiquei tão empenhada em encontrar os "didis" ideais pro Francisco. Pessoas que já curtissem ele mesmo antes dele nascer. Que pudessem participar da vida dele, que fossem dinâmicos, aquele tipo de "didi" irado, que curte brincar, rolar no chão, saber da vida do afilhado e que possa ser um pai e uma mãe nos momentos que forem necessários sem que os pais de verdade fiquei com o coração apertado. Cá entre nós, não é nada fácil.
Mas Fabrício e eu pensamos, conversamos, analisamos e conseguimos concordar. Escolhemos minha irmã e meu cunhado (já somos "didis" do filhote deles) pq eles são grandes amigos, nós estamos muito presentes uns na vida dos outros, eles já têm uma larga experiência de dois anos com o Matheus e além disso têm todo o pique que os "didis" tem que ter. O outro casal é a Bia e o Glédson. A Bia desde o dia que eu disse que talvez eu pudesse estar grávida, lá na casa dos meus pais, num domingo de sol, tentanto montar no jacaré inflável na piscina, ela é a amiga mais bacana, participativa e emocionada com a chegada do Francisco. Às vezes penso que até mais do que eu. Eu e ela somos como irmãs. Eu amo ela de paixão e além disso, nós e eles somos grandes amigos, temos muita afinidade, curtimos estar juntos, o Glédson toca violão, é engraçado, tem um pique muito bacana, curte crianças e eles têm um pátio enorme na casa deles, pro Francisco poder gastar a energia e já chegar em casa bem sonolento. E por último tem a Bárbara, a minha cunhadinha. Hoje ela tem 10 anos, mas estamos vislumbrando um futuro promissor para ela como "didi". E só o fato de poder contar com ela para que eu e fabri possamos fazer um momento casal de vez em quando, já me enche de animação. E qual adolescente que não curte ficar cuidando de um bebezinho inofensivo, olhando TV, tomando sorvete de colher e ainda de quebra ganhando uns trocados? Acho que com estas escolhas não vamos ficar com a consciência pesada de não termos dado importância para algo que, com toda a certeza, o Francisco vai dar muita importância. Até porque terapia não é algo barato, não.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dia dos Pais

Olhem só que amor a mensagem que o Francisco deixou pro Fabrício no dia dos pais. Imaginem só quando ele estiver pessoalmente entregando o presentinho com aquelas mãozinhas pequenas e gordinhas...

Papai.

Quando eu me preparava para nascer, Papai do Céu me perguntou:
Francisco, que tipo de pai tu quer ter lá na Terra?
Aí eu respondi:
Eu quero nascer numa família que tenha um papai bem querido, que saiba jogar bola, que ame muito a mamãe, que seja forte, com um caráter inquestionável e um pique bem grande para brincar, correr, pular e me ensinar a ser uma criança bem legal e um homem valoroso quando eu crescer.
Então, Papai do Céu ouviu com atenção o meu pedido e me presenteou contigo como papai.
Eu quero muito nascer pra sentir o teu cheirinho, segurar na tua mão e viver coisas incríveis ao teu lado.
Feliz dia dos Pais.

Do teu filhote, Francisco.