domingo, 22 de novembro de 2009

De volta... agora mãe

Gente, fiquei apavorada quando olhei a data do meu último post.
A gente só entende o que envolve ser mãe, quando se torna uma. É tanto envolvimento, tanta dedicação, que um dia com 24 horas parece pouco. Amamentar, fazer o bebê arrotar, trocar fralda, fazer o bebê dormir, amamentar de novo, fazer arrotar de novo, trocar mais uma fralda e fazer o bebê dormir novamente e ainda tentar dar uma organizada na casa... assim escrito até parece simples, mas na verdade é muito, muito cansativo, pq essa rotina toda acontece a cada 3 ou 4 horas todos os dias de segunda a segunda.
Por isso fiquei tanto tempo longe dos meus posts. Agora, com parte da rotina do Francisco compreendida, já consigo tirar um tempinho para relatar o que está acontecendo no meu novo mundo - o mundo da maternidade.
Vou confessar que no início não foi nada fácil. Na verdade os primeiros 7 dias foram o caos. Quase todas as noites sem dormir, tentando amamentar sem ter leite o suficiente, com o Francisco chorando de fome sem parar e eu e o Fabrício tentando descobrir onde estava o botão de desligar o bebê. Houve momentos em que pensei "o que eu fui fazer da minha vida"...
Mas a boa noticia é que tudo passa. Hoje - um mês e pouquinho depois dele nascer - estou muito mais segura (e magra) e a fase de adaptação dos primeiros três meses está fluindo melhor. Até pq tive a humildade de perceber que não iria dar conta sozinha e pedi ajuda para a minha sogra, tão logo o Fabrício voltou ao trabalho.
Sozinha eu estava enlouquecendo. Um recém nascido está longe de ser aquele bebezinho gordinho e sorridente que aparece nas revistas. Os primeiros meses são de dedicação total e exclusiva a alguém que não retribui quase nada, apenas recebe e isso acaba sendo desanimador algumas vezes. Por mais que a gente saiba que é nosso filho, que é um ser tão pequeno, tão indefeso e que, assim como a gente, ele também está se adaptando a um novo mundo, fica complicado entender que esta etapa da maternidade significa abrir mão da gente quase por completo. Fazer as unhas??? só quando der. Ir ao super??? só quando ele dormir e tiver alguém pra ficar com ele. Ir ao shopping??? nem sei o que é isso. Até coisas simplérrimas como tomar um banho de 15 minutos viram uma missão impossível nos primeiros três meses. Mas isto é unanimidade entre todas as mães. É assim mesmo. Todos os bebês choram, todos os bebês passam por isso e todas as mães e pais também. E na verdade tenho que agradecer todos os dias ao Papai do Céu pq o Francisco, além de ser perfeito e saudável e lindo, não tem cólica, nem refluxo e já dorme super bem durante a noite. Mas confesso que nunca aprendi tantas lições como agora. E nunca pensei tanto na minha mãe e em tantas outras como agora. Humildade, desprendimento, paciência, tolerância, amor incondicional, responsabilidade, versatilidade e sobretudo, entender que tem uma pessoa que vai depender de ti durante toda a tua vida e tudo o que tu fizer de bom ou ruim, vai contribuir de uma forma ou de outra para a formação de uma pessoa.
A maternidade está sendo um aprendizado diário e eu estou me descobrindo de um jeito que nunca pensei que pudesse ser. Ainda sou eu, mas nada está igual em mim. Tenho certeza de que daqui há um tempo eu vou sentir falta e lembrar com muito carinho deste início e provavelmente vou rir de mim mesma, lembrando de todas as vezes que achei que não conseguiria ou das vezes em que chorei porque o Francisco chorava ou das vezes que liguei pra minha irmã para perguntar coisas ridículas e pedir socorro. Mas com toda a certeza cada pedacinho disso tudo vai ter valido a pena e eu repetiria e viveria tudo de novo por ele.

Bjocas a todos e até mais.