quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pediatra e religião não se discutem.

Na 3a feira fui jantar com minhas amigas, uma delas prestes a entrar para a maravilhosa e tresloucada vida de mamis, e entre fofocas, risadas, olhares para o vestido de uma, a blusa da outra, o cabelo do outro e é, claro, dicas pra futura mamãe e filhos, quando percebi estava numa discussão feroz com a minha amiga sobre o padiatra do Francisco, que no caso, é o mesmo do Arthur, filho dela.
Eu me peguei defendendo ele com unhas e dentes e ela irada com várias situações em que ela se sentiu prejudicada e mal assistida por ele. Chegou um momento em que eu parei.
Pediatra e religião não se discutem. O que funciona pra uma mãe, pode parecer um absurdo pra outra e por aí vai.
Quando eu escolhi o pediatra do Francisco eu só queria uma coisa: que ele me garantisse e jurasse pela sua própria mãe que iria sempre atender o telefone, em qualquer dia, horário, local, seja final de semana, feriado ou dia santo. E o primeiro que me disse com um olhar que eu considerei sincero "sim, eu prometo", eu intitulei o pediatra oficial do Francisco.
E de lá pra cá não tive nenhum problema mais sério. Ele já me atendeu às 2 da madrugada, no domingo, no sábado de manhã, na praia, no meio de uma festa... enfim, por enquanto segue cumprindo com o prometido. Mas eu já briguei com ele, já achei ele um grosso algumas vezes, já fiquei mega chateada por ele sempre me dizer a mesma coisa quando o Francisco tinha febre: "observa durante 3 dias e vai medicando de 4 em 4 horas, se não ceder, tráz ele pra eu ver". Gente, falar isso pra mãe de um bebê, sendo ele seu primeiro filho é muita crueldade. Eu já obedeci muito o pediatra do Francisco e eu já omiti muita coisa dele - sabe aqueles segredinhos inconfessáveis e inofensivos? E a gente segue assim, em harmonia até então. Mas fica a dica: pediatra e religião não se discutem.