segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Segunda gravidez. Tão igual, tão diferente.

Estes dias, falando com uma amiga, ela me disse algo em tom de puxão de orelhas:
- Tu tem que escrever sobre o Caetano, hein? Imagina o ciume... vários posts sobre o Ico e nada sobre ele. Um dia ele vai te cobrar.
Afi... isso é muito sério. Mas tenho que confessar que a segunda gravidez vem com um que de deja vu. E aí parece que não tem nada de novo pra contar.
Mas tem. Nenhuma gravidez é igual a outra.
Nesta, eu soube que estava grávida antes da minha menstruação atrasar. Me sentia engraçada, estranha, meio boba, até. Uma energia, uns pensamentos sobre como seria ter uma quarta pessoa em nossas vidas. Aquelas coxas gordinhas, o chorinho, o cheirinho, os pés de bisnaguinha. Eu sabia que estava grávida.
Mas assim como na primeira gravidez, quando eu vi os dois risquinhos, que apareceram em um segundo no papel molhado, eu fiquei cho-ca-da.
Como assim? Grávida de novo? Como isso foi acontecer (posso garantir que não foi a cegonha.)?
Depois do choque, como contar pro Fabrício?
Deixei tudo assim como estava e por skype disse que tinha deixado um presente pra ele no banheiro. Loção pós barba? Um jogo de toalhas novo? Um shampoo recém lançado no mercado? Eram muitos os chutes.
(Noups. Um filho. Beeeemmmmmm melhor.)
E chegando em casa, depois de ter ficado propositalmente incomunicável, abro a porta e dou de cara com ele, sentado no sofá, cho-ca-do.
- Amor, aquilo ali no banheiro, é sério?
- Sim. Dois risquinhos, positivo. Não é assim?
- Eu tô apavorado.
- A pessoa apavorada da relação sou eu.
Ele me abraça forte e no fundo eu sei que ele é o homem mais feliz do mundo.
(Ele pensa que eu não sei, mas ele teria um time de futebol inteirinho, se eu topasse e a conta bancária deixasse.)
Mas esta segunda gestação tem algumas diferenças bem grandes: eu enjoei (muiiiiiiiiiiiiitttooooo).
Eu vomitei (muiiiiiiiiiiiitttooooo). Eu não podia nem com bafo de asflato quente...
Não tive sono. Ao contrário, minha energia foi pro nível máximo. Pilha até uma da matina. Outro ponto: eu sentia uma fome inacreditável, minha barriga roncava a cada duas horas...eu tinha que largar tudo pra comer.
Mas ao mesmo tempo meu amor pelos azedos está sendo o mesmo. Pepino, laranja de umbigo, azeitonas, limão, muito limão, pimenta biquinho...igual a primeira gravidez.
Ah, a barriga... apareceu muito antes do que na primeira vez. Em três meses eu já estava me sentindo um dirigível. E agora, nem sei em que categoria eu me enquadro...a pancinha só cresce.
Sentir o bebê mexer. Taí uma sensação indescritível e maravilhosa sendo mãe de um, dois ou muitos mais. Não tem sensação mais gostosa, aquele chutinho que faz a barriga pular, quando tu menos espera. A sensação de poder que invade a gente quando nos damos conta de que temos a capacidade de gerar um ser dentro de nós.
Mas tenho que admitir que a segunda gravidez parece vir com um botão de tranquilidade.
Uma sensação boa de saber que já passamos por isso e deu tudo certo. Então, relaxa!
Pronto, saiu o primeiro post do Caetano.