quinta-feira, 21 de março de 2013

Reunião de pais ou momento para falar dos filhos?

Ontem foi a reunião de abertura do ano letivo na escolinha onde o Francisco estuda. Como eu tinha tido um dia cheio e estava muito cansada, fiz algo que não combina muito com meu perfil tagarela: fiquei ouvindo muito mais do que falando.
E por isso, pude perceber muitas coisas nas entrelinhas e entender um pouquinho mais desse universo dos pais e mães.

- Pais e mães podem ser muito inseguros quando o assunto é como meu filho está se desenvolvendo:
Distinguir as cores, identificar letras, aprender a não comer a pasta de dente, aprender a contar uma história com começo, meio e fim, saber ir ao banheiro sozinho, tirar a fralda noturna, largar a mamadeira, o bico... tudo isso, deixa os pais aflitos e embora todos digam que cada criança é diferente da outra, as comparações são inevitáveis.

- Pais e mães podem virar uma fera quando o assunto é a integridade de seu filho:
A grande maioria dos pais trabalha fora e a escola acaba sendo uma extensão da própria família. É ali que os pequenos constróem as primeiras relações, começam a ter noção de coletividade, de limites, de respeito, de amizade. Mas em algum momento alguém será mordido ou morderá. Pode acontecer um tombo ou outro, uma briga por disputa de brinquedos e em meio a uma turma de várias crianças haverá momentos em que o professor não vai poder evitar. Então os pais precisam ter bom senso para compreender que existe uma difereça enorme entre negligência e acidente.

- Pais e mães (neste caso, mais mães) sempre falam ao mesmo tempo e querem dividir uns com os outros as aventuras de seus filhos: como eles são em casa, as gracinhas, as travessuras, o jeito engraçado como falam. E sempre quando fazem isso os olhos brilham de orgulho, sem excessão.

- Para trabalhar com crianças tem que gostar de criança. Simples assim. Elas dão trabalho, quando estão em grupo podem fazer coisas que até Deus duvida, mas se quem cuida deles ama o que faz isso tudo é encarado com naturalidade e até as broncas e os castigos ficam mais leves e esse amor se reflete em casa, com crianças mais felizes, mais tranquilas e amorosas.

- A grande maioria das crianças come de tudo na escola e em casa não.

- A grande maioria das crianças não entende que o dia do brinquedo é só na sexta-feira.

- A grande maioria dos pais não entende que o dia do brinquedo é só na sexta-feira (ops).