domingo, 22 de novembro de 2009

De volta... agora mãe

Gente, fiquei apavorada quando olhei a data do meu último post.
A gente só entende o que envolve ser mãe, quando se torna uma. É tanto envolvimento, tanta dedicação, que um dia com 24 horas parece pouco. Amamentar, fazer o bebê arrotar, trocar fralda, fazer o bebê dormir, amamentar de novo, fazer arrotar de novo, trocar mais uma fralda e fazer o bebê dormir novamente e ainda tentar dar uma organizada na casa... assim escrito até parece simples, mas na verdade é muito, muito cansativo, pq essa rotina toda acontece a cada 3 ou 4 horas todos os dias de segunda a segunda.
Por isso fiquei tanto tempo longe dos meus posts. Agora, com parte da rotina do Francisco compreendida, já consigo tirar um tempinho para relatar o que está acontecendo no meu novo mundo - o mundo da maternidade.
Vou confessar que no início não foi nada fácil. Na verdade os primeiros 7 dias foram o caos. Quase todas as noites sem dormir, tentando amamentar sem ter leite o suficiente, com o Francisco chorando de fome sem parar e eu e o Fabrício tentando descobrir onde estava o botão de desligar o bebê. Houve momentos em que pensei "o que eu fui fazer da minha vida"...
Mas a boa noticia é que tudo passa. Hoje - um mês e pouquinho depois dele nascer - estou muito mais segura (e magra) e a fase de adaptação dos primeiros três meses está fluindo melhor. Até pq tive a humildade de perceber que não iria dar conta sozinha e pedi ajuda para a minha sogra, tão logo o Fabrício voltou ao trabalho.
Sozinha eu estava enlouquecendo. Um recém nascido está longe de ser aquele bebezinho gordinho e sorridente que aparece nas revistas. Os primeiros meses são de dedicação total e exclusiva a alguém que não retribui quase nada, apenas recebe e isso acaba sendo desanimador algumas vezes. Por mais que a gente saiba que é nosso filho, que é um ser tão pequeno, tão indefeso e que, assim como a gente, ele também está se adaptando a um novo mundo, fica complicado entender que esta etapa da maternidade significa abrir mão da gente quase por completo. Fazer as unhas??? só quando der. Ir ao super??? só quando ele dormir e tiver alguém pra ficar com ele. Ir ao shopping??? nem sei o que é isso. Até coisas simplérrimas como tomar um banho de 15 minutos viram uma missão impossível nos primeiros três meses. Mas isto é unanimidade entre todas as mães. É assim mesmo. Todos os bebês choram, todos os bebês passam por isso e todas as mães e pais também. E na verdade tenho que agradecer todos os dias ao Papai do Céu pq o Francisco, além de ser perfeito e saudável e lindo, não tem cólica, nem refluxo e já dorme super bem durante a noite. Mas confesso que nunca aprendi tantas lições como agora. E nunca pensei tanto na minha mãe e em tantas outras como agora. Humildade, desprendimento, paciência, tolerância, amor incondicional, responsabilidade, versatilidade e sobretudo, entender que tem uma pessoa que vai depender de ti durante toda a tua vida e tudo o que tu fizer de bom ou ruim, vai contribuir de uma forma ou de outra para a formação de uma pessoa.
A maternidade está sendo um aprendizado diário e eu estou me descobrindo de um jeito que nunca pensei que pudesse ser. Ainda sou eu, mas nada está igual em mim. Tenho certeza de que daqui há um tempo eu vou sentir falta e lembrar com muito carinho deste início e provavelmente vou rir de mim mesma, lembrando de todas as vezes que achei que não conseguiria ou das vezes em que chorei porque o Francisco chorava ou das vezes que liguei pra minha irmã para perguntar coisas ridículas e pedir socorro. Mas com toda a certeza cada pedacinho disso tudo vai ter valido a pena e eu repetiria e viveria tudo de novo por ele.

Bjocas a todos e até mais.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Último post antes do Francisco chegar

Hoje entro merecidamente e oficialmente em licença maternidade. Confesso que ainda estou me acostumando com a idéia de me ausentar do meu trabalho por tanto tempo. É uma mistura de sansação de megaférias (afinal são 4 meses) e ao mesmo tempo medo de me perder do mundo neste novo mundo em que eu vou mergulhar em breve: o mundo de ser mãe, o mundo de ter um filho: um ser pequeno, frágil e ao mesmo tempo tão forte, que foi capaz de ficar 9 meses espremido num microespaço silencioso e escurinho, onde se alimentou, cresceu e se desenvolveu. Tenho absoluta certeza de que quando me mostrarem ele, peladinho e todo lambusado vou pensar "como é que ele estava dentro da minha barriga?". Acho que é por isso que chamamos o nascimento de um bebê de milagre. Deixar de ser filha para ser mãe, perceber que a partir de agora Fabri e eu teremos uma família no sentido completo da palavra, pensar que em breve teremos entre nós, todos os dias, uma pessoa que vai precisar da gente e a gente dela para o resto de nossas vidas. Ver nascer um novo tipo de amor, jamais sentido por nós: o amor do pai pelo filho, o amor de mãe. Vamos pensar muito nos nossos pais. Mas também vamos voltar a pensar como criança, voltar a brincar, voltar a se importar com as coisas simples que nos fazem realmente felizes. Acho que a maternidade, a paternidade são uma oportunidade de rejuvenescer sem usar nenhum creme anti-rugas. Uma criança mexe tanto com a vida da gente, que sei que até a nossa casa vai ter outro cheiro, outra energia, que os móveis e os objetos dificilmente vão estar no mesmo lugar, e o melhor de tudo: a gente vai amar e se acostumar com este novo jeito de viver. Não vamos mais pensar em dupla e sim, em trio. E um dia, nos raros momentos em que vamos conseguir ficar a sós, vamos olhar um para o outro e dizer: "como é que não tivemos filho antes?"
Então, meus amigos queridos que acompanham a nossa trajetória e também aos que chegam agora: rezem por nós e aguardem as próximas notícias, que marcarão inclusive uma nova fase para este blog.

Bjus a todos.
Lola, Fabricio e Francisco.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Contagem regressiva

Estamos prestes a fechar 39 semana e o Francisco ainda não manifestou seu interesse em vir ao mundo. Estou desconfiada de que o ambiente dentro da minha linda barriga redonda tipo bolinha deve ser muito delicioso, para que ele ainda esteja faceiro vivendo a sua vidinha de peixe.
Mal sabe ele que o mundo aqui fora também é uma delícia.
A começar pelo quarto dele que está lindo. Foi todo pensado por amigos queridos exatamente para ele. O Vini e a Helena pensaram no tema Rock para Crianças e criaram adesivos muito fofos com guitarrinhas sorridentes, amplificadores animados, notas musicais risonhas e cores muito fofas e alegres para as paredes. A Nine e o Tomas produziram os adesivos pra gente e deram este lindo presente pro Francisco - inclusive hoje é a instalação oficial. A dinda Bia criou todo o jogo de berço inspirado no tema do quarto. Ficou tudo tão lindo, tão fofo, que quando ela me entregou o kit eu fiquei sem palavras.
Se eu fosse o Francisco, só o quarto já seria motivo suficiente pra eu querer nascer.
Mas tem muito mais do que isso. Tem a brisa, o sol, a chuva, o cheirinho de grama molhada, o primeiro banho de banheira, desfilar por aí com as roupinhas mais cheirosas e macias de todas, os sapatinhos, as massagens que a gente vai fazer nele depois do banho, a hora do mamá, a musiquinha suave e o balançar dos bichinhos do móbile do bercinho, o cheirinho do travesseiro, o colo quentinho do papai, o olhar cuidadoso durante o sono para ver se está tudo bem. Tem os avós, os dindos, com todo o amor do mundo. O primo Matheus, que provavelmente será um companheiro em muitas das aventuras que o Francisco vai viver. O primeiro passeio ao ar livre. O primeiro banho de mar. O primeiro contato com os pézinhos na grama. As gracinhas que todo mundo ama e pelas quais os pais não cansam de suspirar orgulhosos. Os primeitos passinhos sozinho. As primeiras comidinhas. Descobrir os gostos, cores e texturas dos alimentos. Brincar com a Vicki (a cocker da Vovó Vera). Nossa! Tem tantas coisas bacanas...um mundo cheio de aventuras maravilhosas pra viver. E isso que eu tô me prendendo apenas na fase infância... até pq se eu pensar na adolescência vou começar a ter palpitações hehehe
E então, Francisco? A mamis te convenceu?

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

E quando a bolsa estourar?

Bom, estamos chegando na semana 38. A semana 38 é um marco na gestação porque a partir desta semana o bebê pode nascer a qualquer momento e já não é mais considerado pré-maturo. Nesta 6a feira, completamos as 38 semanas. E a ansiedade é inevitável.

O Fabricio e eu já ficamos um tempão conversando sobre o que vai acontecer daqui pra frente. E tudo, pelo menos neste momento, gira em torno do antes, durante depois do parto.

- quando a bolsa estourar o que vai acontecer?
acho que eu vou me molhar toda do tipo "acho que fiz xixi nas calças", vou ligar pro Fabri e me enfiar embaixo do chuveiro. Se ele estiver ao meu lado, elimino a ligação e vou direto pro banho, sem escalas. Como quero tentar parto normal, data e horário deste momento estão mega indefinidos. O que quer dizer que pode ser da madrugada, no meio do almoço, no meio do trânsito, na fila do banco...

- quanto tempo leva para o bebê nascer depois da bolsa estourar?
ih, esta é muito complicada. nem eu sei... na verdade não sei nem o que é uma contração. Uns dizem que é parecido com uma cólica, uns dizem que é uma dor que começa nas costas e vem pra frente... tem aquela história do tempo entre uma contração e outra... tecnicamente quanto mais curto o espaço de tempo entre uma e outra, mais perto está o momento do parto. Hoje tenho consulta com a gineco e o Fabri já fez uma listinha com todas as coisas que ele quer que eu pergunte.

- pra quem a gente liga?
primeiro, a gineco; depois a parteira; depois o pediatra; depois os avós; depois os irmãos (na verdade a minha irmã vai furar a fila, pq ela quer ser comunicada imediatamente. Fiquei sabendo que já tem até a roupa separada e os sapatos para sair correndo em tempo récorde para o hospital) e depois os dindos...

- como vai ser na maternidade?
acho que é mais ou menos assim: depois de toda a equipe médica devidamente comunicada da chegada da mamis ao hospital, eles te esperam e enquanto vão te preparando para o parto, o futuro papis cuida das coisas burocráticas da internação (tadinho do pai né? fica com a parte mais chata). Depois disso, o pai é conduzido até a salinha onde ele vai ser preparado também: aquela roupinha azul ou verdinha, toquinha, sapatinhos, tudo esterilizado. Aí enquanto isso a mamis tá lá, monitorando tudo e vendo em quanto tempo o bebe vai chegar... quando estiver quase lá, o papis é chamado e entra em cena (please, não esquece a digital). E aí é aquele momento lindo e mega emocionante... eu nem consigo mais escrever pq to com os olhos cheios d´água... acho que nunca vou ter chorado tanto na minha vida e rido ao mesmo tempo, quanto neste dia. Ah, já ia me esquecendo, para compensar que a mamis viver tudo muito mais intensamente durante nove meses, o papis é recompensado sendo a pessoa que vai ficar com o filhote até que todos aqueles procedimentos médicos e testes e tudo mais que o bebê tem que fazer sejam concluídos. É o pai que vai vestir a primeira roupinha e andar pelo corredor todo cheio de si exibindo seu filhinho até levá-lo pra mãe. Vale lembrar que o papai tem que aproveitar cada segundo deste tempo pq depois disso a mãe volta a ser o centro das atenções de novo (pelo menos enquanto tiver leite hehehe).

- o que a gente leva pra maternidade?
a mala da mãe (não que eu seja uma mala, me refiro a mala de verdade), a mala do bebê, as lembrancinhas, o enfeite da porta, os documentos da internação e os meus documentos, meu MP3 (para o caso de um trabalho de parto mais demorado que necessite de uma trilha sonora motivacional relaxante transcedental). Coisas que não abro mão de levar: minha frasqueira com meu kit de sobrevivência básico, que inclui maquiagem, secador de cabelo, hidratante para corpo e rosto e essas coisinhas básicas que toda a mulher precisa "always", mesmo que esteja indo ter um bebê. Muito importante: a cadeirinha do bebe já tem que estar no carro. Não dá pra sair da maternidade sem isso, ou os pais podem levar a primeira multa pós parto.

- e depois no quarto da maternidade?
aí eu acho que temos que nos grudar nas enfermeiras e perguntar tudo, observar tudo como elas fazem para aprendermos direitinho e não surtarmos tão logo chegarmos em casa e tivermos que dar banho, trocar fraldas e limpar o umbigo...
e tem as visitinhas no hospital, que é aquele momento especial que todas as pessoas que a gente curte vão ao nosso encontro conhecer nosso filhote. Apesar de serem visitinhas rápidas, é muito bacana poder dividir este momento com as pessoas que fazem parte da vida da gente. O bebê recebe um monte de energia boa e já começa desde este momento a ver como foi esperado e como é querido por todos.

- e como vai ser em casa?
eu e o fabri, queremos muito curtir este momento nosso com o nosso bebê. queremos chegar em casa e mostrar tudo pra ele. Cada cantinho do lugar onde ele vai viver durante muito tempo, onde ele vai passar seus grandes momentos,suas primeiras descobertas, travessuras, tombos, e tudo que esse novo mundo reserva pra ele e pra gente. Mostrar o quarto dele vai ser o momento mais especial de todos. Este lugar é mágico, vai ter o jeitinho dele, o cheirinho dele, vai ser aquele porto seguro onde ele vai se aconchegar e saber sempre que aquele ali é o cantinho dele... como eu gosto de dizer "vai ser a Franciscolândia".
E depois disso? aí vai ser cada dia de uma vez, tudo no seu tempo e uma fase tão novinha que pra mim já tem até cheirinho de nova. Tenho certeza que vamos amar tudo e com o tempo vamos nos descobrir pais e fazendo aquilo tudo que pra gente parecia um bicho de sete cabeças, com a desenvoltura dos papis veteranos.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A fase do "Já deu"

Pra quem está acompanhando o blog, estamos há 3 semanas do nascimento do Francisco.
Esta fase final da gravidez para mim está sendo a parte mais dificil de todas.
Primeiro, a barriga cresce a cada dia e o tamanho dela dificulta absolutamente tudo: desde colocar um par de meias nos pés, até conseguir sentar a mesa para fazer uma simples refeição. Então, eu acabo de chegar na fase da gravidez que eu carinhosamente chamo de "já deu". Já passou todo este tempo, já vivemos todas as emoções que o período proporciona, já sei o que é pesar 10 quilos a mais, já aprendei a dormir de lado com um travesseiro na barriga e outro entre os joelhos, já esgotei todos os meus figurinos para valorizar a barriga, já gastei mais de 4 tubos de cremes anti estrias, já arrumamos a minha mala e a do Francisco, já deixamos as lembrancinhas prontas, ou seja, já deu né?
E além de tudo isso - e que não é pouco - eu e o Fabricio não vemos a hora de ver o Francisco, de sentir seu cheirinho, de prestar atenção em cada parte do mini corpinho dele, de vestir a primeira roupinha, de trocar a primeira fralda, de limpar o umbigo (essa nem com tanta pressa assim), de dar o primeiro banho (e confirmar que somos capazes), de levá-lo para casa e vê-lo no bercinho e no quarto que preparamos com todo o amor para recebê-lo.
Então a partir de agora, os dias demoram a passar, as horas parecem uma eternidade e eu não vejo a hora da bolsa romper e eu dizer a tradicional frase "Amor, a bolsa rompeu"

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tudo se transforma

Ontem fui na casa de uma amiga para encontrar outras amigas no nosso tradicional e divertido "chimarrão com fofoca". Faz muito tempo que a gente se reunie para colocar as fofocas em dia, saber das últimas novidades de cada uma, no amor, na moda, no trabalho, na vida e de quebra, comer uns petiscos delícia e tomar um chimarrão. Cada vez na casa de uma.
Mas na verdade a gente já se conhece há muito mais tempo e até é melhor não enfatizar o quanto para fingir que o tempo não passou tanto assim. Afinal de contas, estamos todas cada vez melhores.

Mas ontem parei pra pensar numa coisa: no nosso chima havia 5 crianças, incluindo o meu Francisco - ainda que participando de tudo dentro do útero. Tinha a Marina (filha da Bia), uma das meninas de 3 anos mais fofas e inteligentes que eu já conheci. O Vicente (segundo filhote da Bia) o mais pitoco da nova geração, que fez uma de suas raras aparições acordado. Tinha o Arthur, filho da Mona, também bebê com sua micro cabeleira praticamente branquinha de tão loira e uma calma total para mostrar para sua mãe que ela pode sim, levá-lo para sair que ele não surta depois das seis da tarde, como ela nos declarou que ele faria. E por último e não menos fofo, vem o Vitor (filho da Magali), risonho e superanimado descobrindo um mundo todo novo agora que já sabe caminhar. E todas nós lá - as mães, futuras mães e ainda não mães - reunidas e entre uma olhadinha no cabelo do Wagner Moura e um comentário sobre o figurino maravilhoso da Thaís Araújo na nova novela das oito, curtindo aquela bagunça toda que só as crianças podem fazer em segundos.

Então percebi que tudo vai se transformando. A gente sempre lembra das festas, dos amores avassaladores que a gente teve, das noites loucas que vivemos em todo esse tempo que nos conhecemos, dos "deus me livre" que cada uma já teve - e nem adianta dizer que não, pq todo mundo tem o seu -, dos carnavais na SAT, damos risadas daquelas de quase fazer xixi nas calças, mas ao mesmo tempo estamos numa fase completamente nova. Uma transformação muito bacana que a maternidade traz que é exatamente abrir espaço para outras gerações - neste caso, nossos filhos - viverem as mesmas coisas que a gente. E mesmo que muitas vezes a gente se pegue dizendo que o mundo tá mudado, que as crianças não são mais as mesmas, que os adolescentes não são mais os mesmos, no final de tudo as transformações, angústias, rebeldia, excessos e lá na frente, anos e anos depois, a maturidade acontecem igualzinho e a gente desta vez, vai estar do outro lado.

E mesmo aquelas que ainda não estão na fase mãe, estão com projetos grandiosos, carreiras acontecendo e de quebra ainda abastecem nossos chimas com novas histórias que ajudam a quebrar o papo fralda, refluxo, papinha.

Um palpite em tempo: pra mim, a próxima mãe vai ser a Nine. Fiquei arrepiada do jeito que ela tem com bebês e crianças em geral. Se quando o Francisco nascer eu tiver um terço da desenvoltura e esse jeito de criança que ela tem com os pequenos, já me sinto muito feliz.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Últimas novidades sobre o Francisco.

Logo que engravidei todas as minhas amigas já mães me diziam a mesma coisa: "tu vai ver como passa rápido." E eu achando tudo muito lento: era a barriga que não crescia, era o peito que não crescia... tudo parecia levar uma eternidade. A espera para a próxima eco, a espera para a próxima consulta com a gineco, tudo acompanhado no calendário com muita ansiedade. Tanto é que teve um tempo que eu sempre dizia que tava de mais semanas do que na realidade estava, só pra fingir que o tempo passava.
E hoje, de repente me vejo fechando 36 semanas de gravidez, o que significa que daqui há duas semanas ele pode nascer a qualquer momento. E aí me dei conta: passou muito rápido mesmo.

Hoje fizemos a última ultrasson. Foi uma linda despedida. Na última eco o Francisco estava na posição pélvica - ou seja - complicadíssimo para parto normal. E o médico foi bem reaista: "ele está muito grande, acho que não consegue mais virar." Fiquei bem triste, pq quero mesmo parto normal, mas comecei a me acostumar com a idéia de fazer cesária. Mas ao mesmo tempo fui conversando com o Francisco, comentando com ele como seria bacana ele poder escolher o dia de nascer, como a mamãe poderia amamentá-lo antes, como seria legal irmos para casa mais cedo e eu poder pegá-lo no colo, dar banho nele e tudo isso sem me preocupar com a dor de uma cesária. O Fabricio também conversava muito. Dizia, "filho, é muito legal se tu virar. Nós íamos ficar orgulhosos de ti." E assim foi. E hoje na eco, qual não foi a nossa surpresa quando o Dr. Gustavo falou "ele tá de cabecinha pra baixo". Nossa. Fiquei muito feliz. Os olhos do Fabricio brilharam. "Então ele encaixou????", "Sim tá encaixado", o médico respondeu. E ainda disse que todos os índices estavam muito bons, tudo para ser parto normal. Eu acredito muito em Deus e tenho convicção de que se Ele permitiu que o Francisco encaixasse é pq o parto normal tem tudo para dar certo e ser bom para mim e para ele. É claro que o que eu mais quero agora é ver a carinha dele e quando eu chegar na maternidade vou apenas pensar que quero que ele nasça bem, saudável, independente do tipo de parto. Mas confesso que meu instinto de fêmea gostaria muito de viver este momento como a natureza pensou: mãe e filho numa grande parceria para vir ao mundo. O mais natural e intenso possível.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Primeira orgia alimentar na gravidez.

Quem me conhece sabe do medo pavoroso e alucinante que eu tinha (e ainda tenho) de engordar em excesso na gravidez. Até pq emagreci 11 quilos antes de engravidar e meu ideal sempre foi nem chegar ao peso que eu tinha antes da dieta durante a gravidez. Só que a gravidez tem todo um lado "gordo" que muitos não percebem. Aqueles conselhos do tipo "come. tu tá grávida"; ou "tu está comendo muito pouco"; ou ainda, "grávida pode"... tudo isso vai cutucando aquele lado gordo da força que tá sempre ali, mesmo que adormecido. E é bem fácil mesmo perder o controle. As grávidas engordam por natureza, ou seja, ninguém fica olhando pra ti e dizendo "tu viu como a fulana tá gorda?". Todo mundo acha fofo as grávidas terem desejos, ficarem doidas por um quindão ou por comer um pote de brigadeiro de colher (cá entre nós, é uma delícia mesmo, mas engorda e não tem nada de útil pro bebê).
Então eu me mentive firme e forte durante todo o tempo, sempre cuidando as minhas escolhas, sempre optando por comidinhas mais saudáveis e usando o meu lado magro bem mais que o gordo neste processo. Não foi fácil e muitas vezes pensei em chutar tudo e cair de boca num pote de sorvete ou numa massa 4 queijos... mas fui resistindo, um pouquinho a cada dia. E como gosto de verdade de legumes, verduras e saladas e sopas e pão integral, até que consegui me virar super bem. E hoje olhando para os nem dez quilos que engordei, vejo como valeu à pena.
Mas neste final de semana passamos o feriado com minha irmã, meu cunhado e meu sobrinho na praia. Como sempre fui preparada: minha bolsa térmica com o meu kit de sobrevivência básico para evitar escorregões alimentares e várias receitinhas light na cabeça. Foi tudo bem até domingo, quando saímos para um inofensivo café com pão de queijo e acabamos num rodízio de massas, calzones e frituras em geral. Foi neste dia que aconteceu minha primeira orgia alimentar. Na verdade nem dá pra chamar de orgia pq eu nem comi como eu comeria na minha fase mais gorda. Mas mesmo assim, parecia que a cada bocada tudo ia direto pro culote. Mas mesmo assim fui comendo sem culpa, pq no meu plano alimentar consta um prato programado por semana e eu usei o meu neste dia. Tentei não exagerar, mas acho que acebei me passando um pquinho. Mas antes de começar a comer eu disse pro Francisco que aquela noite o jantar era todo só dele, que ele podia comer tudo sozinho. O Fabrício e a Nanda riram e eu também. Mas hoje fui na nutri (vou toda a semana) subi na balança tremendo de medo e pasmem perdi 100 gramas. Ou seja, o meu filho comeu tudo sozinho mesmo. Que menino obediente né? Mas a partir de hoje volto para a minha missão "grávida e em forma" e sigo nela até a bolsa estourar. Afinal, falta tão pouco né?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Só fotinhos














































Minha própria foto "estilosa"


Logo que engravidei morria de inveja das fotos da grávidas com seus imensos barrigões. Até usei algumas destas fotos para ilustrar meu blog. Mas agora, finalmente, vou poder colocar uma foto minha de verdade, mostrando a minha barriga. Ficou ou não ficou linda?

Para guardar pra sempre



Estamos cada vez mais perto do grande dia. Mais precisamente (e ansiosamente) temos seis semanas até a chegada do Francisco. Isso se ele se comportar bem e esperar o tempo certinho para vir. Se bem que eu se fosse ele estaria muito curioso para conhecer meus pais, minha casa e esse mundo enorme e cheio de coisas bacanas pra descobrir. Sentir o vento nos cabelos, descobrir os pézinhos, as mãos, dar o primeiro sorriso, sentir o cheirinho da mamis durante a amamentação, fazer aquelas brincadeiras doidas e arriscadíssimas que só o papai faz... isso tudo é uma deliciosa descoberta. Mas para ter certeza de que ele não vai querer pular pra fora antes da hora, tenho falado com ele e dito que as coisas tem seu tempo, que a vida é assim mesmo.


Mas por via das dúvidas resolvemos fazer as nossa fotos para documentar a gravidez agora. A barriga tá num tamanho de grande para máster, eu ainda tenho pique para aguentar duas horas em pé e o Fabricio estava superanimado para fotografar com a camiseta e os sapatinhos do Inter. Então fomos.


Foi tudo de bom. Primeiro, pq amo foto. Amo estúdio de foto e amo fazer pose. Adorei todas as roupas que escolhemos, adorei me ver com aquele barrigão, adorei vestir meus pijamas preferidos e fotografar com os brinquedos que o Francisco vai brincar no futuro. O Fabricio tava meio tímido no início, mas depois entrou no clima e acho que nos saímos bem. Bom, dêem uma olhada e avaliem vocês hehehe

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Momentos II


Roupa de bebê é tudo de bom.
Agora faltam apenas seis semanas para nosso filhote chegar e estamos ocupadíssimos como nunca.
Uma das tarefas mais bacanas é lavar as roupinhas e tudo mais que o bebê vai utilizar. Nada como vir ao mundo direto para um tip top cheiroso e macio, né?
Vou confessar que lavar roupas não é meu principal diferencial competitivo, mas encarei a maratona com toda a determinação e cheguei a conclusão de que sei lavar roupas de bebê.
Tá certo que a máquina é uma maravilhosa aliada. Foram 4 máquinas de roupinhas e roupas de cama, e ainda tenho pelo menos mais uma máquina pela frente. Tive que sair para comprar um varal de chão às pressas e uns 50 prendedores de roupa a mais. No fim, deu tudo certo. Roupas cheirosas, limpinhas e ansiosas para vestir o Francisco.

Uma dica: não precisa lavar as roupas na mão como nossas mães e avós faziam. Mamis modernosas em pleno século XXI se utilizam do arsenal tecnológico para manter a pose hehehe. Basta comprar sabão líquido e amaciante especiais para roupas de bebês, ter uma máquina de lavar por perto e alguns saquinhos para separar roupas mais delicadas ou com materiais diferenciados que soltem pluminhas etc... É sucesso garantido.

Momentos II


Papai pintor.


Fabrício treinando os seu talento como pintor de paredes no quarto do nosso filhote.

Toda esta preparação para a chegada do bebê está sendo uma linda experiência. Cada coisinha dentro do quarto, cada bichinho... tudo está ficando com o astral do nosso filho. E cada vez que olhamos para o bercinho - hoje vazio - é inevitável pensar em como será a nossa vida quando ele estiver acomodando suavemente o nosso filhote.


Uma dica: quando forem escolher as tintas optem pelas "tranquilas". O bebê vai precisar estar num ambiente calminho para poder dormir melhor e deixar os papais mais tranquilos também.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Momentos...


Momento só meu.

Eu numa das minhas melhores fases.

Acho que vou sentir falta deste barrigão.


Momentos...


Momento ternura.

Fabri e Matheus fazendo carinho no "Tchitio".

Momentos...


Momento família.

Fabricio, eu com sete meses e alguma coisa, Matheus e Nanda.








quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Eu era uma ótima mãe até ter filhos.


Estou lendo um livro muito bacana que virou título deste post. Apesar de tratar a maternidade de um jeito bem mais apocalíptico do que eu imagino (afinal, meu filhote ainda está na tranquilidade da minha barriga e eu, na tranquilidade da minha vida) acaba sendo uma leitura interessante, se considerarmos que todas nós podemos passar por algum daqueles relatos um dia.

Mas uma coisa me fez refletir mais: o fato de que antes de termos filhos somos ótimas mães.
É aquela velha história:
- ah, meu filho não vai fazer toda essa manha pra comer.
- bem capaz que eu ia deixar meu filho se jogar deste jeito no chão do super e promover esta guerra só pq não vai ganhar salgadinho!
- olha aquela criança, só come porcaria. Com meu filho vai ser muito diferente.
- como é que aquela mãe deixa o filho dela fazer tudo o que quer?
- eu não entendo uma criança que só vai dormir depois da meia noite. Os pais é que não sabem educar direito.
- nossa, o filho dela tem qualquer coisinha boba e ela já sai ligando pro pediatra.
- como pode o casamento deles estar passando por uma crise? É só saber separar as coisas.

Ou seja, na tranquilidade da minha gravidez, me pego me sentindo a supermãe modernosa que consegue fazer tudo: equilibrar educação do filho com carreira, marido, vida social e academia de um jeito tão fácil quanto é para o Super Homem voar. A cara da Lolândia (o meu reino particular): um mundo perfeito onde tudo sempre dá certo.

E é aí que está o grande aprendizado deste livro: fazer com que equilibremos as nossas expectativas, exigências e conceitos, para que a maternidade não se transforme em algo impossível de se levar. Faltando pouco mais de dois meses para o Francisco nascer, é muito difícil não pensar em tudo o que vai mudar daqui pra frente. Desde a configuração da casa, com novos objetos, caixas, fraldas por todos os lados, roupinhas de bebê no varal, banheira de plástico e tudo o que envolve ter um recém nascido em casa, até as mudanças em mim, no Fabrício, no nosso estilo de vida, na nossa relação homem/mulher, pai/mãe. É tudo completamente novo e por vezes, assustador. Mas a gente só vai saber como vai ser vivendo cada dia de uma vez. Enfrentando a primeira troca de fralda, o primeiro banho, as noites de sono - ou de falta de sono -, a relação da gente com os palpites de mães, sogras, tias, amigas, irmãs, vizinhas, a nossa vontade incontrolável de acertar, as frustrações, o primeiro tombo com sangue (é praticamente inevitável), os sustos com febre, dor de garganta, refluxo, cólicas e tudo mais que os bebês em plena formação enfrentam... Ufa! Só aí temos uns bons anos pela frente. Mas para mim o nosso desempenho dependerá muito do nosso desprendimento, da tranquilidade de ver as coisas como elas são, nem maiores, nem menores. De não sermos implacáveis com nós mesmos, de sabermos que todos temos limites e que nem sempre dá pra fazer, pra comprar, pra evitar, pra mudar...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

As grávidas e o calor


Eu sei que todo mundo está de saco cheio do frio. De saco cheio de usar três camadas de roupas, mais casaco, mais manta. De ter que entrar no banho tremendo e sair tremendo. De pensar em sexo, mas só com roupa, por favor. De passar hidratante saltitando para esquentar. Mas nestes dois dias de calorzinho pude experimentar o caos que é a vida de uma grávida no verão. E confesso que amo um pouco mais o Francisco por ele ter escolhido - sozinho - este período para vir ao mundo. Eu sou a grávida mais feliz do mundo por passar o auge da gravidez curtindo um friozinho.
Nestes dois dias de 30 graus de temperatura a minha qualidade de vida teve uma queda brutal. Já acordava de manhã me sentindo gorda. Na verdade, muito gorda.
Minha pernas estavam tão inchadas e os pés mais pareciam pães. Eu me sentia uma réplica do dirigível da pepsi. Muito inflada. Acabada. Arrasada. Sem vontade pra absolutamente nada. Só queria ficar deitada, com o ventilador apontado pra mim (o split é a nossa próxima meta orçamentária). O quadro da dor. Coisa sem nenhum glamour. Sem falar na falta de roupas para vestir. Em resumo: odiei meu dia de calor. Não curti nada e achei o ó. Minha recomendação é: se puderem planejar (nem sempre dá certo), engravidem de forma a passar o auge da gravidez no inverno. Engravidem em janeiro ou fevereiro...a gravidez já é cheia de dúvidas, oscilações de humor, preocupações e milhões de idas ao médico, para a gente ainda ter que se sentir gorduchérrima, inchada e com dificuldade de locomoção. No inverno, a gente fica bem mais independente. Mesmo com o barrigão master blaster. Hoje a temperatura caiu e minha auto-estima subiu. Sou uma grávida up novamente. E viva o frio!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A escolha dos "Didis"

"Didi" é um termo muito carinhoso e fofo para dindo. Se formos pensar que no início da fala as crianças não conseguem ligar todas as letrinhas, chamar os dindos de "didis" é bem mais fácil e, cá entre nós, vindo de uma criança tem um significado todo especial.

Agora que já estamos de sete meses chegou o momento crucial da escolha dos "didis". Para mim, esta é uma missão tão importante quanto se alimentar bem e tomar bastante água na gravidez. Escolher os "didis" certos é algo que pode significar muito na vida de uma criança. No meu caso em especial (e isto já rendeu muito na terapia), tive péssimos momentos com meus "didis". Na verdade até hoje não sei bem quem são ou por que meus pais os escolheram. Eles participaram pouco da minha vida e nos poucos momentos em que participaram deixaram uma péssima impressão. Tem uma que nunca esqueço. Na minha Primeira Comunhão, além de toda a pressão de ter que encarar o confessionário pela primeira vez (e última, verdade seja dita), de eu ter esquecido de dizer "amém" antes de tomar a óstia e ter levado uma mijada do padre na frente dos coleguinhas e de toda a minha família diante de uma igreja lotada; no momento mais lindo do dia, que era a tão esperada festinha de comunhão, ganho uma caixa enorme do meu "didi" e animadíssima vou correndo abrir e qual não é minha surpresa quando me deparo com um caminhão de madeira, com caçamba e tudo. Gente, eu era uma menininha de 11 anos. Qualquer coisa como um diário com chave, uma cartela de bonecas de papel com vários modelitos, um par de patins, uma big caixa de chocolates ou sei lá, uma assinatura da Caprinho, me faria feliz. Mas meu didi, sem nem saber meu sexo, pelo jeito, me deu um caminhão... Desastre total. É claro que com criatividade canceriana eu transformei o caminhão em um lindo e feminino porta perfumes e fiquei um pouco menos triste. E assim foi a participação deles na minha vida: feita de poucos contatos, presentes estranhos e quase nada de afeto, pelos menos que eu me lembre.
Por isso que fiquei tão empenhada em encontrar os "didis" ideais pro Francisco. Pessoas que já curtissem ele mesmo antes dele nascer. Que pudessem participar da vida dele, que fossem dinâmicos, aquele tipo de "didi" irado, que curte brincar, rolar no chão, saber da vida do afilhado e que possa ser um pai e uma mãe nos momentos que forem necessários sem que os pais de verdade fiquei com o coração apertado. Cá entre nós, não é nada fácil.
Mas Fabrício e eu pensamos, conversamos, analisamos e conseguimos concordar. Escolhemos minha irmã e meu cunhado (já somos "didis" do filhote deles) pq eles são grandes amigos, nós estamos muito presentes uns na vida dos outros, eles já têm uma larga experiência de dois anos com o Matheus e além disso têm todo o pique que os "didis" tem que ter. O outro casal é a Bia e o Glédson. A Bia desde o dia que eu disse que talvez eu pudesse estar grávida, lá na casa dos meus pais, num domingo de sol, tentanto montar no jacaré inflável na piscina, ela é a amiga mais bacana, participativa e emocionada com a chegada do Francisco. Às vezes penso que até mais do que eu. Eu e ela somos como irmãs. Eu amo ela de paixão e além disso, nós e eles somos grandes amigos, temos muita afinidade, curtimos estar juntos, o Glédson toca violão, é engraçado, tem um pique muito bacana, curte crianças e eles têm um pátio enorme na casa deles, pro Francisco poder gastar a energia e já chegar em casa bem sonolento. E por último tem a Bárbara, a minha cunhadinha. Hoje ela tem 10 anos, mas estamos vislumbrando um futuro promissor para ela como "didi". E só o fato de poder contar com ela para que eu e fabri possamos fazer um momento casal de vez em quando, já me enche de animação. E qual adolescente que não curte ficar cuidando de um bebezinho inofensivo, olhando TV, tomando sorvete de colher e ainda de quebra ganhando uns trocados? Acho que com estas escolhas não vamos ficar com a consciência pesada de não termos dado importância para algo que, com toda a certeza, o Francisco vai dar muita importância. Até porque terapia não é algo barato, não.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Dia dos Pais

Olhem só que amor a mensagem que o Francisco deixou pro Fabrício no dia dos pais. Imaginem só quando ele estiver pessoalmente entregando o presentinho com aquelas mãozinhas pequenas e gordinhas...

Papai.

Quando eu me preparava para nascer, Papai do Céu me perguntou:
Francisco, que tipo de pai tu quer ter lá na Terra?
Aí eu respondi:
Eu quero nascer numa família que tenha um papai bem querido, que saiba jogar bola, que ame muito a mamãe, que seja forte, com um caráter inquestionável e um pique bem grande para brincar, correr, pular e me ensinar a ser uma criança bem legal e um homem valoroso quando eu crescer.
Então, Papai do Céu ouviu com atenção o meu pedido e me presenteou contigo como papai.
Eu quero muito nascer pra sentir o teu cheirinho, segurar na tua mão e viver coisas incríveis ao teu lado.
Feliz dia dos Pais.

Do teu filhote, Francisco.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Algumas coisas mudam mas outras, não.

Faltam aproximadamente 11 semanas pro Francisco fazer parte das nossas vidas ao vivo e a cores. E tenho me pego pensando em algumas coisas engraçadas. Por exemplo: coisas que criticamos nos nossos pais, mas vamos acabar fazendo igual quando formos pais também.

- Filho, não esquece o agasalho!
- Só pode tomar suco depois de raspar o prato!
- Baixaaaaa o volume desse soooommmmmmmmmmm!
- Não me importa se todos os teus amigos vão. Tu não vai e pronto!
- Desliga esse telefoooooooooooooooonnnnnnnnnneeeeeeeeeeeeee!
- Fala com teu pai! (e o pai) Fala com a tua mãe!
- Que camiseta é essa?????
- Se não comer tudinho, não tem sobremesa!
- Filho, por favor vai pro banho!
- Filho, por favor sai do banho!
- Enquanto tu morar embaixo deste teto e depender de nós, vai seguir as regras desta casa!
- Posso saber quando tu vai arrumar o teu quarto?
- Não fica pensando na frente da geladeira!
- Quem é essa tal fulana que te ligou?
- Sai desse computador!
- Vamos na casa da tia fulana, filho. Vai ser bem legal!
- Nossa, ontem tu era um bebê e agora já tá um homenzinho!
- É muito cedo pra ti ir pra praia sozinho.
- Nada de vir de carona. Eu te busco.
- Filho, vê se não vai beber.
- Que notas são essas?
- Comendo salgadinho de novo?
- Prova primeiro e depois diz que tu não gosta.
- Eu só faço isso pq te amo muito e só quero o teu bem.





segunda-feira, 20 de julho de 2009

Pq o Francisco será do time do pai?

Eu e o Fabricio olhando o jogo do Cruzeiro e Estudiantes na final da Libertadores:

Eu - nossa que falta feia!
Ele - nem foi falta, amor. O cara se jogou.
Eu - bah eles se batem tanto que parece futebol americano.
Ele - hehehehe é mesmo
Eu - Coitado do Cléber nem tava na confusão e o juiz deu cartão pra ele.
Ele - esse Cléber é um marginal
Eu - Nossa, quantos gols o Cruzeiro tá perdendo! Coitados!
Ele - bem feito!
Termina o primeiro tempo e os jogadores vão pro intervalo.
Eu - Amor, agora eles fazem um lanche?
Ele - uahahahahahahahahahahahahahaha não é intervalo de escola! uahahahahahahahahaha

Depois dessa, a defesa não tem mais perguntas.

A Barriga


Quando a gente descobre que está grávida passa por vários momentos. Primeiro, é o momento riso e choro, porque é um misto de felicidade com medo, aceitação e rejeição, alegria e tristeza. É o primeiro choque.
Passado o susto inicial, vem a fase dos sintomas físicos e psicológicos, enjôos (esses eu quase nem tive. Só enjoei de certas vozes e de alguns cheiros), oscilações de humor que beiram o caos (esses são quase diários), vontade de rir e imediatamente após cortar os pulsos com uma colherinha e logo depois se sentir a mais feliz do mundo de novo. E isso dizem que é do primeiro ao nono mês...

Depois vem aquela fase que a gente fica chata de tanto querer falar na gravidez. Hoje me senti assim; ontem fiz isso; hoje fiz aquilo; será que eu engordei?; dá pra notar que tô grávida; hoje vi um bebê tão lindo; como será que o nosso vai ser?; hoje fiz eco; ontem fiz exame de sangue; hoje fiz mais uma eco... e assim todos ao nosso redor vão torcendo o nariz de tanto que a "futura mãe mala" fala sem parar de um momento que só ela tá vivendo... o bom é que essa fase passa.

Depois vem a fase que tu te irrita de não ter barriga. Tipo eu que tinha até os 4 meses uma barriga que minhas amigas intitularam de "não fiz cocô ontem". Isso é um saco pra futura mãe. Não ter barriga na gravidez é a mesma coisa que ganhar um campeonato de futebol e não poder levar o troféu pra casa. E então a gente fica lá, se olhando no espelho de todos os ângulos possíveis e todo o santo dia, para ver se a tal barriga de grávida de verdade mesmo aparece.

Aí um belo dia tu acorda e "pum" parece que engoliu uma mini melancia... a barriga começa a aparecer. Isso é tudo de bom. Todo mundo te para e pergunta "tá grávida?". E tu diz bem alto "sim, estou de tantas semanas". O tempo vai passando e a sensação que se tem é que vamos dormir de um jeito e acordamos mais barrigudas a cada dia. Que delícia. Até que um dia, o crescimento da barriga começa e te impedir de certas coisas básicas e óbvias: como por exemplo, ver a perereca. Isso mesmo... tem uma fase da barriga que te impede de ver a própria perereca. Isso foi um choque pra mim. Agora vou me depilar e minha depiladora que tem que dar um conferes pra ver se tá tudo em ordem, o cúmulo da dependência! Outra coisa que o barrigão impede: colocar meias e sapato. Para mim, já tá virando uma sessão de contorcionismo. Ainda bem que ainda me resta bastante elasticidade, se não eu iria ter que pedir pro meu marido calçar as meias e sapatos em mim. Só que como ainda to de seis meses e pouco, provavelmente este dia ainda chegue. Subir escadas fica mais lento. Se abaixar pra pegar algo fica mais lento. Dormir, só de lado. Levantar do sofá precisa de apoio. Fazer sexo passa por um breve estudo de posições possíveis, mas acaba dando tudo certo. Ou seja, barriga tem seus prós e contras.
Mas uma coisa é certa, toda a grávida fica linda de barrigão.


terça-feira, 14 de julho de 2009

Pilates na gravidez



Para todas as mulheres que estão pensando em engravidar eu recomendo: comecem a fazer pilates e continuem fazendo durante a gravidez. Além de ser um exercício completo e que trabalha musculatura, força e alongamento, ajuda e muito durante a gravidez, pois reforça o tempo todo a musculatura abdominal e trabalha muito a questão respiratória. Ou seja, barriga durinha até na gravidez e o que é melhor, depois dela fica mais fácil voltar para o lugar. É uma modalidade muito bacana e que permite que a gente relaxe, respire e ainda por cima mantenha o corpo em equilíbrio. Toda a gravidinha deveria experimentar. Coloquei umas fotos de uma das aulas, com algumas posições que trabalhamos. Eu e o Francisco estamos adorando.


Barriga de seis meses.



Vejam como a barriga de seis meses é bem gigante hehehe
Acho que a gravidez é o único momento na vida de uma mulher onde ela sente orgulho de ser barriguda e de quebra, o marido acha o barrigão muito sexi.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Meu primeiro desejo de grávida


Até este momento - em torno de seis meses e um pquinho de gravidez - eu continuava uma grávida praticamente sem sintomas, com excessão do crescimento involuntário da barriga dia após dia. Todos perguntavam "e aí? tu enjôou muito?", e eu dizia: "no primeiro mês tive algo parecido com um embrulho no estômago, logo que descobri que estava grávida, mas não passou disso." E aí insistiam: "tá mas tu não se sentiu cansada, tu não teve enjôo de nenhum tipo de alimento, nem do teu marido, nem de nada?", e eu dizia: "pra falar a verdade, tive enjôo da voz de um fornecedor da agência. Quando tinha que atender a um telefonema do coitado, desligava o telefone quase verde, louca pra sair correndo pro banheiro. Mas tão logo parei de falar com ele e o enjôo parou." Eu percebi que todos ficavam até meio decepcionados com os meus relatos de gestante sem sintomas e vi que todos tinham uma curiosidade muito grande, que ia além dos habituais enjôos: todos queriam saber se tu já tinha tido algum tipo de desejo. E pasmem, não tinha. Até ontem. Ontem eu e o Fabrício fomos almoçar nos meus pais. O cardápio: pimentão recheado (a-do-ro), carne de porco no forno (gosto bastante), saladas variadas (sim, muita salada), arroz e maionese (amo e minha nutri que não me leia). Ou seja, um verdadeiro banquete pra grávida nenhuma botar defeito. Mas quando cheguei algo aconteceu. Olhei pra minha mãe e disse "não tem feijão?", e ela "não. ontem até compramos no super feijão pronto, pq não cozinhei esta semana". Gente, eu simplesmente não parei mais de pensar no feijão. Podia sentir o cheirinho dele, a textura dos grãos se esmigalhando na minha boca. Parecia que nada do que tinha na mesa tinha sentido sem o feijão... Então falei "amor, já que o almoço vai demorar ainda pra ser servido, vamos ver se encontramos feijão em algum lugar?". Os maridos neste hora sofrem um pouco, mas vamos combinar que feijão não é um desejo dos mais complicados de realizar né? E a possibilidade de nosso filho nascer com cara de feijão dispensou qualquer discussão para me fazer desistir do plano. Fomos em busca do feijão. Direto no Bourbon que tem tudo... NÃO TINHA FEIJÃO. Eu fui me desesperando... se o Bourbon não tinha, quem ia me salvar? Acreditem, foi no Nacional que encontramos o feijão. Logo lá que tem o maior índice de "nãos" para a pergunta "a senhora encontrou tudo o que procurava?". Pois é, o Nacional realizou o meu primeiro desejo oficial de grávida. Enchi uma marmita master blaster e fui feliz da vida pra casa... é claro que comi todos os itens do almoço da mami, mais o feijão hehehe

terça-feira, 30 de junho de 2009

O Francisco foi passear em São Chico.


Neste final de semana, Fabricio e eu levamos o Francisco para passear em São Chico.
Foi um final de semana perfeito, com aquele frio de rachar os ossinhos todos do corpo, numa casa muito fofa, com amigos mais fofos ainda e entre uma batida de queixo e outra, a gente comeu, bebeu um vinhozinho (eu com aquela moderação que toda a grávida tem), deu muitas risadas... enfim, tudo de bom.
O Francisco conheceu uma livraria linda (guardem este nome Livraria Miragem), tomou um chocolate quente dos deuses e ganhou seu primeiro livro de histórias. São todos os contos que passam de geração em geração, mas que nunca perdem o seu charme: Chapéuzinho Vermelho, Branca de Neve e os Sete Anões, A Bela Adormecida... e uns que nunca vi mais gordos, como O Macaco que andava vestido. Já fiz a seleção dos que eu quero contar (como mãe, posso escolher os melhores pra mim, né?). Acho que vou começar a ler o quanto antes pro Francisco ir se acostumando com o mundo maravilhoso da literatura.
Nesta foto estamos fazendo um passeio pelo Lago São Bernardo (vale ir até lá tomar um chima olhando a natureza e curtindo o silêncio). Um lugar lindo, que tem bem no meio dele uma ilha onde muiiiittttoooosss patos moram, é a Patolândia, literalmente.
Ah nesta foto eu to com barriga de 24 semanas, quase seis meses. Tá maior né?
Bia e Glédson, agrecimento especial por terem nos ajudado a apresentar São Chico para o nosso Francisco.




Minha barriga e eu.




Pra vocês, minhas amigas que estão longe e que não conseguem me ver evoluir no barrigão, lá vai minha fotinho de barriga. Aqui eu estava com cinco meses e pouquinho... Nem preciso dizer que esta foto já está desatualizada... a barriga de seis meses é bem maior do que esta.


Mas fica para um próximo post.







quarta-feira, 24 de junho de 2009

Muito prazer, eu sou o Francisco!


Coisas que a gente aprende no curso de gestantes:

- o leite materno nunca altera o seu PH e nunca muda de temperatura (que doido, né?)
- a grande maioria dos casos de cólicas em bebês é provocada pelo mau posicionamento do bebê no peito, pq quando ele suga ele puxa ar e isso causa cólia.
- segundo a nutricionista nada que a mãe coma faz mal pro bebê que está sendo amamentado. (não acredito nela)
- cerveja preta e coisas doces não dão mais leite. O bom mesmo é água e pronto!
- uma taça de vinho por semana não faz mal pro bebê, mas uma taça por dia ela não recomenda. E outras bebidas alcóolicas também são desnecessárias (essa é a única vantagem de ser o pai durante a gestação)
- casca de mamão não ajuda a curar fissuras nas mamas (nunca pensei em andar por aí com uma casca de mamão no sutiã mesmo!)
- chás contendo canela não causam aborto
- a barriga não volta ao normal logo na saída da maternidade (exceto para as globais, atrises internacionais e cantoras de axé)
- se o leite da mãe não desce logo, as enfermeiras dão NAN de copinho pros bebês. E eles tomam direitinho hehehe
- o primeiro cocô a gente nunca esquece e é o mais difícil de limpar
- apesar do que disseram no curso, dar banho no bebê continua sendo algo amedrontador. Tapar os ouvidos, não molhar o coto umbilical (sabe o que é isso?), não deixar sabonete entrar nos olhos, lavar na frente e nas costas... ai que medo!!! (dar banho vai ser em dupla por alguns meses, eu acho)
- cuidar do coto umbilical (aquele pedaço feioso e nojentinho do cordão umbilical que fica pendurado no umbigo do bebê durante uma semana ou mais até cair) é mais fácil do que eu imaginava.
- não se usa nada além de álcool 70% no coto (nada, mesmo. ignorem tias, mães, avós, bisavós e amigos de amigos que digam qualquer coisa em contrário)
- abdominais são ótimos na gestação. Ajudam ao músculo do abdômem que simplesmente fica aberto (meddooooo) a voltar pro seu lugar de origem mais rápido. Pra isso o Pilates é um santo remédio. Eu recomendo. Mas vamos ver depois que o Francisco nascer, se vai ficar tudo bem. I hope so! Nunca tive barriga de tanquinho, mas ficar com uma pança caída realmente não faz parte dos meus planos. Qualquer coisa, vendo o carro e faço uma plática. Andar de bike pode ajudar a ficar em forma e ainda ajuda no meio ambiente hihihihi
- Não. Não existe manual para identificar os tipos de choro do bebê. É tentativa e erro mesmo. Mas antes de sair colocando o peito pra fora, certifique-se de que: não está cocô nem xixi, não está com frio, com febre, com sono, querendo carinho, querendo colo... Se tudo for "não", aí sim, dê o peito. Ah, às vezes é só sede mesmo, aí ele mama dois segundos e larga...e isso pode sim, acontecer às duas da manhã.
- Mesmo os papais mais medrosos deveriam acompanhar o parto. Os nove meses são todos sentidos pela mãe e no momento do parto é a chance que o pai tem de viver tudo isso, tocar seu filhote, cortar o cordão, acompanhar o pediatra em todos os procedimentos, vestir a primeira roupinha, mostrar o filho com aquele orgulho todo pra todo mundo. Tem uma cena que sempre me lembro: aquele pai sorridente, vindo pelo corredor, com seu filho nos braços, todo orgulhoso e com os olhos meio vermelhos de emoção. É um momento muito especial pro pai, acho que ver um pquinho de sangue aqui ou ali, acaba sendo irrelevante.
- As mamães devem permitir que os pais façam parte de todo o processo. Cada um vai ter um jeito de fazer as coisas e isso não quer dizer que seja certo ou errado, é simplesmente o jeito de cada um. Trocar fraldas, dar banho, acordar pra dar uma olhadinha no bebê durante a noite, ajudar a por pra dormir... Todas estas tarefas podem - e devem - ser divididas entre mãe e pai, sob pena do bebê ficar apenas com uma referência e a mãe não conseguir mais sair de perto dois segundos, se não o nenê chora. Para aquelas mamis modernas como euzinha (me achei né?) que querem continuar frequentando a manicure, fazendo uma escovinha no salão de vez em quando, fazendo algumas comprinhas no shopping e jantando de vez em quando com as amigas, incluir o pai desde cedo carimba o passaporte para continuar a vida pós parto. Pensem nisso. Eu diria mais, incluam os avós neste processo desde cedo, pq vai dar vontade de sair só com o maridão de vez em quando pra viver aquele momento "casal" e aí os avós caem como uma luva. E gente, ficar três horinhas fora, não tem problema nenhum e vai dar uma calibradinha na relação do casal, que vai estar há muito tempo falando só em fraldas, hipoglós, cólica, refluxo e tudo mais que envolva o seu filhote.
- Uma última dica: os papis e mamis de primeira viagem devem fazer o cursinho de gestantes. A gente tá adorando. Aprendendo um monte de coisas e trocando experiências com vários casais que estão vivendo o mesmo momento e que tem as mesmas angústias e dúvidas que a gente. Isso é realmente tranquilizador. E o que é melhor, é "di grátis".

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Pra viver um grande amor


Fabricio e eu estamos juntos há quase dez anos. É um bocado de tempo. Quando olho pra trás e lembro do começo de tudo dá uma vontade de rir. Eu de aparelho fixo nos dentes, um cabelo que eu achava suuuppppeeeerrr moderno pra época, sempre de roupas pretas; ele de cavanhaque e camiseta de banda, sempre com o mesmo tênis, no auge dos seus 20 anos e ambos sem a menor noção de tudo que íamos viver juntos.
A nossa história começou meio sem querer. Na verdade, eu encontrei o Fabricio quando já tinha parado de procurar um grande amor. Na minha lista de paixões estavam muitas histórias furadas e vários amores que eu jurava que seriam "pra sempre" e que não passaram do primeiro aniversário. E então, apareceu o Fabricio. Numa noite fria, numa festa furada, onde eu até estava acompanhada. Eu olhei pra ele e simplesmente gelei. Nunca mais fui a mesma depois dessa noite. Pedi pro meu "casinho" me levar pra casa pq eu estava morrendo de dor de cabeça e dali em diante não parei mais de pensar naquele carinha, amigo do namorado da minha melhor amiga. Bom deste dia em diante, foram alguns encontros armados e frustrados, alguns planos mirabolantes que deram errado (sempre bolados por mim, claro), um beijo quase roubado, até que um dia a gente caiu um na vida do outro de verdade. E aqui estamos. Dez anos depois, com muitas histórias pra contar, muitas conquistas bacanas que só a união verdadeira entre duas pessoas proporciona e o nosso primeiro filho a caminho. Quase um comercial de margarina, se não fosse a vida real, com seus altos e baixos e aqueles "cocô day" que acontecem de vez em quando na vida de qualquer casal de carne e osso. Mas acho que pra gente viver um grande amor é preciso um pouquinho de tudo isso. Uma boa dose de romantismo, uma dose master blaster de paciência e tolerância (na verdade essas duas, quanto mais melhor), uma admiração mútua e constante, daquelas que fazem os olhos brilharem quando a gente pensa na pessoa. Muito importante também é olhar na mesma direção e isso não significa pensar igual, mas querer igual. No meio disso tudo tem que ter muito sexo... nunca deixem este ítem de lado, please!
Tem que ter também muita conversa (DR para alguns), porque falar é praticamente uma sessão de desemcapetamento, quase uma terapia de casal. As vezes temos que falar mais e outras ouvir mais. Mas sempre guardar só o que for relevante e não a lembrança de que em 1994 ele ficou três dias sem dizer eu te amo. E mesmo fazendo tudo isso direitinho, isso não significa que vai ser no estilo "e foram felizes para sempre". Mas se existe amor, existe sempre a vontade de acertar, de fazer melhor, de ver a gente e a outra pessoa feliz. Agora com a chegada do nosso filhote, é muito provável, que nosso casamento passe por uma prova muito grande. Vamos ser pais e não podemos deixar que este fator faça com que a gente seja só isso. Como vai ser nós não sabemos. Mas juntos, como até agora, vamos descobrir. E pra fechar este post de dia dos namorados, vai uma declaração: Fabricio, eu te amo muito, com todo o meu corpo e a minha mente.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Um dia a ficha cai.


Na última vez que fui na terapia eu estava meio chateada e contei pra minha terapeuta que às vezes me sentia meio insensível por estar levando a gravidez num nível tão vida normal. Disse a ela que algumas pessoas ficavam me cobrando algumas coisas que eu ainda não sentia ou não fazia, como por exemplo, o culto ao barrigão. Eu não me importo nada com o tamanho da minha barriga, na verdade pra mim, quanto menor, melhor. Acho que é o bebê que tem que crescer e não a minha barriga ou eu. É claro que ela vai crescer, até pq no final deste período é bem provável que ele passe dos 3 quilos e tenha uns 40 cm. Ou seja, naturalmente este espaço vai ser aberto. Aí eu achei o máximo quando ela me disse: "que bom que tu está assim vida normal, curtindo a gravidez do teu jeito e dando esse tempo para ir se adaptando a todas estas mudanças, que aliás não são poucas. Quando o bebê nascer, tu vai entrar numa fase nova de um dia pro outro e tudo vai acontecer naturalmente. Não precisa antecipar as coisas." Ufa! Pq até agora tá tudo acontecendo com muita tranquilidade. Meu corpo tá mudando gradativamente e eu estou me adaptando mais gradativamente ainda a esta mudança. Mas ontem realmente minha ficha caiu. Senti no fundo do meu coração uma coisa me dizendo "tu vai ser mãe".
Sempre que chego em casa após o trabalho ou do pilates eu sempre coloco uma musiquinha pra começar a relaxar e ir passando pra uma fase mais zen do dia. Ontem fiz o mesmo. Coloquei a música Espatódia, apertei o repeat e deitei no sofá. Quando eu percebi eu estava cantarolando a música, quando o Francisco começou a chutar. Noooooossssssaaaa. Foi uma sensação muito linda.
Aí eu falei pra ele: "ah, tu gostou que a mamis tá cantando pra ti?" e então ele mexeu mais e mais e mais. Comecei a gargalhar e chorar ao mesmo tempo e quanto mais eu ria, mais ele mexia. Chamei o Fabrício correndo pra ele sentir também e o Francisco não nos decepcionou. Tão logo o papis colocou a mão na barriga ele começou a mexer pro papai. Os olhos verdes do Fabri brilharam muito ontem. Acho que foi ontem que percebi que tudo isso está realmente acontecendo. Que tem um bebê de 19 cm dentro de mim, que ele está crescendo e até interagindo comigo e com o Fabricio. Que ele pode ouvir e identificar as nossas vozes, que ele gosta de ouvir algumas musiquinhas, que ele fica feliz quando eu estou feliz e também sente quando não estou bem. E o mais legal de tudo isso é pensar que quando ele sair de mim, e eu olhar nos olhinhos dele, vamos estabelecer uma nova relação muito mais intensa e emocionante.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Bolhinhas de Francisco

Bom, a barriga tá crescendo a cada dia que passa.
É muito engraçado acordar pela manhã com a sensação de ter engolido uma melancia e ao mesmo tempo não sentir o peso dela. É como se eu fosse dormir de um jeito e acordasse sempre de outro... maior e maior. Para minha total alegria, a única coisa que cresceu até o momento foi mesmo a barriga. O que é um grande alívio e ao mesmo tempo econômico, pq meu guarda-roupa permanece inalterado. Com excessão, claro, de todas as minhas calças preferidas que passaram por uma reforminha básica de colocar suplex no cóz. Aliás, vai esta dica: nada de renovar o guarda-roupas para a gravidez. Com pequenas reformas nas calças o cóz sai e volta sem perdermos aquele roupitcha que adoramos e ao mesmo tempo podemos manter um estilo mais, digamos assim, normal de se vestir.
Mas tem uma coisa muito bacana que começa a acontecer agora, que já estou com 21 semanas (ó, já aprendi a falar em semanas): a gente começa a sentir o bebê mexer. Claro que não posso sentí-lo daquele jeito muito doido da barriga se esticar toda e a gente poder vê-lo passar pra lá e pra cá. Isso começa um pouco mais tarde. Mas o que sinto agora são bolhinhas que batem dentro da minha barriga, como se fossem estourando lá dentro. E antes que alguém como o Fabricio pergunte "não são gases?", não. Não são gases. É muito, muito diferente. E infelizmente, ou felizmente, só eu sinto.
O Fabricio sempre coloca a cabeça na barriga para ouvir ele se mexer e fica todo feliz quando ouve algo que pareça com ele se mexendo. Mas logo, logo, quando o Francisco sentir a energia do pai dele por perto, vai fazer questão de se mexer e aí a gente vai poder ver e sentir. É muito lindo o que tá acontecendo. Na verdade é um milagre mesmo. Uma perfeição sem tamanho. E eu sou muito grata e feliz por ser a protagonista desta história, pq nestes nove meses, nós mulheres temos um papel todo especial neste milagre. O nosso corpo é como um templo que guarda algo divino. Estou amando e curtindo cada partezinha desta história e sei que ela está só começando.
Ó agora mesmo, acabei de sentir uma bolhinha nova!!!

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rima de Criança



Acordei pela manhã
não sei bem o que aconteceu
Acho que durante a noite
minha barriga cresceu
O Francisco não tem idéia
do bem que ele me faz
mesmo estando bem pançuda
me acho linda demais
Ainda falta um tempinho
pro meu filhote chegar
E até lá fico torcendo
pra sentir ele chutar
O tamanho da barriga?
isso pouco importa agora
O que mais importa mesmo
é chegar aquela hora
A hora que a bolsa estora
E lá vem a contração
Vamos correr pro hospital
Olhos cheios de emoção
Cesariana ou normal?
O Francisco vai escolher
É ele quem vai decidir
Como quer nos conhecer

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O que está acontecendo dentro de mim?

É muito estranho sentir tantas mudanças acontecendo dentro de mim, mas não saber exatamente o que está acontecendo.

Vou vestir uma calça e ela tranca na barriga. Me olho no espelho de lado e parece que engoli um melão. Meus peitos cresceram muito (a melhor parte de todas estas mudanças). Sei que tem um bebê dentro de mim, mas mesmo assim fico me sentindo meio perdida nisso tudo.

Então me indicaram um site bem legal www.bebe.com que mostra tudo o que tá acontecendo semana a semana. Com várias coisas bacanas sobre sintomas e tudo que pode deixar as futuras mamães meio atucanadas.

Agora cheguei na 20ª semana. Isso dá quase cinco meses. Neste período acumulei pouco mais de cinco quilos (ainda estou me acostumando com isso), e pouquíssima coisa mudou por fora, tirando a barriga que começa a tomar aquela forma queridinha de barriga de grávida e passou daquela fase chata de "não fiz cocô ontem" para uma fase mais "ela está grávida, que amor". Ainda (acho que por pouco tempo) estou usando algumas calças jeans (não se preocupem que não apertam a barriga) e ainda uso boa parte do meu guarda-roupas, que sempre foi rico em batinhas e roupinhas soltinhas.

O que acontece com o bebê dentro de mim?
Todo o seu corpo está agora coberto por uma substância branca e oleosa. É a vernix caseosa, que protege sua pele do líquido amniótico. Pudera. Ficar mergulhado ali tanto tempo poderia causar irritações na frágil pele do pequeno. Essa substância, que é muito escorregadia, também vai facilitar a descida do bebê, no momento em que ele se encaixa na pelve, lá no fim da gestação. A essa altura, ele já pesa 260 gramas e mede cerca de 16 centímetros (que gordinho né?).


O que acontece comigo?

Nesta semana, um líquido fino e branco pode sair das mamas. Trata-se do colostro, o primeiro leite que alimentará o recém-nascido. Uma pequena quantidade pode ser liberada quando as mamas são levemente massageadas (olha, ainda não vi esse tal colostro). Eu posso estar sentindo mais calor ou transpirando muito (graças a Deus neste sintoma também não me encaixo, até pq odeio suor). Esses são sintomas comuns na gravidez. Mas são tantas as mudanças e tantas preocupações que parece que nove meses são pouco para aprender a lidar com tudo isso. A impressão que eu tenho é que quando eu estiver entendido tudo sobre a gravidez, já vai ser hora de aprender sobre a maternidade ao vivo e a cores.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vantagens de ser mãe de menino


Tenho que confessar uma coisa pra vocês. Não quero usar a palavra preferência, até para não me comprometer, mas tenho que admitir que algo dentro de mim dizia que eu teria uma menina. Pronto. Falei!
E no caminho pra Eco fiquei sabendo que o Fabrício também pensava desta forma. O que significa que depois da constatação "é um menino", ambos tivemos que reprogramar nossa cabeça para o fato de sermos pais de menino. Acho até que foi fácil, pq tão logo saímos do consultório já começamos a olhar meninos e pensar em como será bacana ter um deles na nossa vida. E pra falar bem a verdade, penso que ter um menino tem muitas vantagens.

- Primeiro a financeira. O enxoval do menino custa metade do valor. Sem frufrus, meias calças, sainhas, babadinhos, sapatinhos, casaquinhos com mil detalhes, tiarinhas, presilhas, brinquinhos, pulseirinhas, bolsinhas e toda a infinidade de "inhas" que as meninas precisam pra ser aquelas fofas que arrancam suspiros por onde passam, a economia do casal é indiscutível. Menino é mais óbvio. Camiseta, calça e tênis e tá feito o look do rapazinho. Claro que ser fashion continua sendo fundamental, mas mais barato.
- Ontem uma amiga me falou sobre uma vantagem que eu nem tinha pensado. Ter como primeiro filho (ainda não sei se haverá um segundo) um menino é melhor pq os pais de primeira viagem tendem a ser meio atrapalhados em vários momentos. Então quanto menos roupa e acessórios precisarmos escolher na hora de sair de casa, melhor. E outra, menino é mais solto, mais independente, a tendência é que as coisas fluam de um jeito mais light.
- Agora uma constatação que eu adoro. O indiscutível apego do menino com sua mami. Eles são uns grudes com a mãe. São muito carinhosos, afetivos e dengosos, estão sempre procurando por elas, querendo vê-las por perto. Pelo menos até chegar o momento de arranjar namorada, o que aliás, tem acontecido bem mais cedo ultimamente pro meu total pavor e ciúme precoce.
- Ver os olhos do Fabrício brilhando só de pensar em ensinar as duas coisas mais importantes do mundo pro Francisco: jogar bola e torcer pelo Inter. Gente, nessa eu nem discuti. Torço pelo Grêmio (confesso que não com todo o fervor do mundo), mas não imagino meu filhote torcendo por outro time que não o do seu pai. Até pq não me interesso muito por estádios lotados e homens correndo atraz de uma bola 90 minutos. Depois que casei evoluí um pouco neste assunto. Até sei mais ou menos o que é impedimento e quando é falta pra cartão, mas meus conhecimentos futebolísticos acabam aí. O Francisco merece um professor melhor e mais empolgado do que eu.
- poder decorar o quarto com motivos mais masculininhos, tipo Rock, por exemplo.
- poder dar uma camisetinha do Ramones cheia de estilo e personalidade.
- poder comprar camisa de botão pra usar aberta em cima da camiseta e calça cargo, com All Star bem super
- poder fazer topete de gel, no cabelo.
- poder brincar com as pistas do Hot Weels e todo o tipo de carrinhos de corrida
- poder fazer xixi sem precisar de muita infra
- poder amassar muito até irritar
- vê-lo fazer xixi pra cima e mijar nas visitas que acompanham a troca de fralda

- poder usar sunga na praia

- se sujar muiiiiiiiiiiiiiiittttttttttttttttttooooooooooooo com todo o tipo de melecas

e por aí vai. Com toda a certeza vai ser um grande barato criar um menino.



sexta-feira, 15 de maio de 2009

É um menino!

Depois de meses e meses (que mais pareceram anos) de espera, finalmente Fabricio e eu conseguimos descobrir o sexo do nosso filhote.
Consegui uma autorização para uma eco entre as 12 e as 22 semanas e fomos, felizes da vida, em busca desta importante descoberta. Que aliás define tudo. Podemos chamar pelo nome, podemos pensar em comprar coisinhas sem o estigma do branco, verde e amarelo, mas o mais importante é que a relação mamãe - papai - bebê muda completamente. Apesar de no primeiro filho não haver preferência, saber o sexo do bebê criar um vínculo diferente. É como se tudo fosse mais correspondido a partir de agora. Sei lá, é muito diferente. Antes da eco eu comi um pedacinho de chocolate pq me falaram que o bebe mexia mais. E deu certo. Mas na verdade acho que o que deu certo mesmo foi o fato de até então, eu chamar o filhote carinhosamente de "lambari". Antes da eco falei com o bebe e disse, " se tu não quiser mais ser chamado de Lambari, tu precisa mostrar o que tu é pra mamãe". Acho que isso fez toda a diferença. Mal o médico colocou o sensor na minha barriga já tava lá ele de pernocas abertas, mostrando tudo. Eu não vi muita coisa, pq ainda estou meio que aprendendo a ver o filhote na eco, mas o médico e o Fabrício viram. Mas eu fiquei meio frustrada de não ter identificado o pintinho do nosso filhote, até pq o médico disse que era um pintão e mesmo assim, eu não vi. Mas tudo bem. O fato é: tem pinto. Então é Menino. Se é menino. Vai se chamar Francisco. Pronto, a partir do dia 13/05/2009 nosso lambari foi promovido a Francisco. E agora eu estou viajando na idéia de ser mãe de um menino. Tudo que dá pra fazer, vestir, brincar... vai ser um barato.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Meu primeiro Dia das Mães

Mamãe

Eu ainda não nasci, mas sei que hoje é o Dia das Mães.
Por isso pedi pro papai escrever essa cartinha para te dizer que você está cuidando muito bem de mim, me dando comidinhas delícia todos os dias, conversando comigo e me dando muito carinho.
Não vejo a hora de nascer para poder dizer:

MAMÃE EU TE AMO!

Feliz Dia das Mães

Assinado:
Elis ou Francisco

Esse foi o presente que o Fabrício me deu no meu primeiro Dia das Mães. Acho que nem preciso dizer que foi uma das coisas mais lindas que já vivi. E só de pensar que em maio do próximo ano, provavelmente nosso bebe já vai estar balbuciando as primeiras palavrinhas, já encho os olhos d´água.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A compra do quarto do bebê

Finalmente compramos o quarto do nosso bebê. E tenho algumas coisas muito importantes para todos aqueles que vão passar por isto um dia.

- pesquisem muiiiiiiiiiiiiiiitttttttttttttttttttttto. As lojas e seus vendedores sedentos por comissão, usam e abusam do momento "olhos cheios d´água" dos pais para empurrar tudo o que é mais caro e, muitas vezes até inútil.
- gente, vai dar vontade de comprar tudo. Tem tecnologias inimagináveis, como cama com dispositivo anti refluxo, móbile que fala e canta duzentas músicas diferentes, que gira, apita, e só falta levar o bebê na escolinha. Mas sério, tem coisas que não valem o investimento. Eu sei que dói, mas é assim mesmo.
- quando decidirem comprar, pensem no futuro. Um quarto o mais próximo da pré-adolescência possível, faz toda a diferença no orçamento. Aí à medida que o bonitinho ou bonitinha vai crescendo é só mudar a cor das paredes e alguns acessórios e pronto, temos um quarto novo de novo.
- diferentemente do que eu faço, sempre meçam o local onde pretendem por os móveis, para evitar problemas. Eu e o Fabricio nunca fazemos isso, eu sempre fico olhando pro móvel dentro da loja e imaginando o espaço lá em casa e digo, cabe, cabe sim. Como meu santo é forte, sempre cabe... mas nem sempre é assim. Então, ter uma fitinha métrica na bolsa e as medidas num bloquinho são tudo.
- marido e mulher dentro da loja tem comportamentos totalmente diferentes, o que pode gerar uma certa impaciência de um ou de outro, ou dos dois, nesta mesma ordem. Então, antes de sair de casa, pensem que é um momento muito bacana e que nada vai atrapalhar este dia. Mulheres acham tudo o máximo e dizem, "olha que bonitinho, olha que amor, as gavetas são de correr, que máximo! Vai ficar lindo, tenho certeza!" O homem, olha e pergunta, é de MDF? quanto tempo dura? esses vidros aí da porta o bebê pode quebrar? tem como mudar as prateleiras? Não tem como fazer a porta sem os vidros?" Isso causa um certo transtorno entre o casal, pq na cabeça da mulher ela já decidiu e na cabeça do homem, é só o começo de uma longa e detalhada análise.
- na hora de fechar negócio peçam desconto, sim. Sem dó, nem piedade! A gente sempre leva uns 10% e mais alguns pilas de lambuja. É só fazer umas caras e bocas e fingir que só falta isso pra fechar, apesar de já estar fechado na sua cabeça.
- comprem o básico: guarda-roupas, cômoda, berço e uma poltrona para dar de mamá. O resto, vovós, vovôs, amigos e parentes proverão.
- converse com todo mundo que tem filhos pequenos (e claro, que tenham relacionamento próximo com vocês) e arrecadem coisas seminovas. Os bebês usam pouco cada ítem, fica tudo com cara de novo e elimina um bom investimento no final, o que com toda certeza será revertido em inúmeros pacotes de fraldas descartáveis, potes de Nan e Hipoglós.
- sempre verifiquem se está incluso no custo entrega e montagem. Normalmente, este é um valor pago em separado e o serviço terceirizado.
- considerem o prazo de entrega, que leva em torno de 30 dias. Se considerarmos que muitos bebês resolvem vir ao mundo antes da hora, com uns seis meses de gravidez é bom ter o básico pronto.





"A decisão de ter um filho é muito séria. É decidir ter, para sempre, o coração fora do corpo." E.Stone

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Terapia de família na Renner

Pensando em antecipar a correria de última hora do Dia das Mães, onde filhos e maridos indecisos abarrotam as lojas de departamento em busca do agrado ideal para suas mamis e esposas, reservei meu horário de almoço para ir até a Renner buscar o presente da dona Vera. Como não sou boba nem nada, já saí com a idéia definida. Só escolher o modelo e a cor e pronto! Em dez minutos eu já estava posicionada no caixa, feliz da vida com o récorde de rapidez na Renner. Logo atrás de mim, uma mãe, seu filho de uns 17 anos e sua filha de uns 25.
De repente, começa a gritaria:
- É quase uma hora e a gente ainda tem um monte de coisas pra fazer. Precisa levar um ano pra escolher um par de brincos e um colar, mãe? Que ridículo! Ficar perdendo meu tempo nessa bosta de shopping. (isso num tom de voz que toda loja ouvia)
- Cala essa tua boca! (dizia a mãe para seu filho) Eu te disse que ia ser demorado. Que eu ia olhar tudo, com calma. Por que tu veio junto? Só pra me estressar? Cala boca e não me enche!
- Essa droga de fila não anda? (disse a filha)
- Filha, tu pegou três boinas iguais?
- Tá cega mãe? É uma cinza e preto, uma preto e cinza e a outra preto cinza e branco? (disse bem irritadinha a moça e as boinas eram iguais mesmo)
- Mas pq tu não leva só uma?
- Ai mãe, não enche. O que é 14 reais por mês por três chapéus lindos?
- Filha tu pegou um colar de pérolas? Que lindo. (disse a mãe pra fazer as pazes)
- Lindo nada! Colar de pérola é coisa pra véia! (falou o filho delicado)
- Que que tu entende de colar de pérolas, fulano? (retrucou a irmã)
- Tuuuuuuuuuudddddddddddo! (disse ele. como diria a maísa, "tá bom querido")
- Ôfulano, vai lá em cima e ve se o caixa tá mais vazio. Esse aqui tá parado! (berrou a mãe pro filho)
- Eu não. Se tu quer tu vai. Tu que quis vir nessa bosta de loja. Agora aguenta.
Eu já queria afofar todos os três a pau. Pelo amor de Deus, que falta de educação. Pra mim, terapia de família deve ser feita num consultório, entre quatro paredes e não no meio da Renner. O carinha que estava na minha frente olhou pra trás e eu disse: será que a gente tem mesmo que ficar ouvindo isso? E ele pra mim: acho que essa senhora não ouviu falar da super nany, ia fazer uma diferença...
Paguei minhas compras fui dar mais uma voltinha e quando passei pela Renner de novo a família "estresse" estava ainda no caixa discutindo...