Sabe quando eu entendi a minha mãe?
Quando eu me tornei uma.
A sua preocupação quando eu não queria comer.
A bronca quando eu dizia "não gosto" sem ter
experimentado.
As ligações pro pediatra cada vez que a gente se machucava,
ou tinha febre, ou dor de ouvido ou qualquer sinal de que alguma coisa não ia
bem.
Todas as vezes que ela nos disse "quem manda nessa casa
sou eu", quando não tinha mais argumentos.
Quando, mesmo muito cansada, ela arrumava tempo pra brincar,
nos ajudar no tema ou simplesmente, nos dar um colo.
O interesse dela em saber quem eram nossos amigos, os pais
dos nossos amigos e saber onde íamos, com quem íamos e que horas voltaríamos.
Todas as vezes que ela tentava explicar a diferença entre o
certo e o errado.
Quando ela dormia enquanto contava uma história pra gente
dormir.
Quando ela saía para jantar SOZINHA com as suas amigas.
O sua dedicação em organizar as nossas festas de
aniversário.
As músicas que ela ouvia.
Os artistas que ela curtia.
Todas as vezes que ela e o pai saíram sem nós.
Todas as vezes que ela teve que negar determinado presente
porque era caro demais.
Todas as vezes que ela me colocou no meu lugar.
Todas as vezes que ela queria estar no meu lugar só pra eu
não sofrer.
Quando ela desligava o som pra eu me concentrar nos estudos.
Quando ela me dizia umas verdades mesmo sabendo que eu não
entenderia naquele momento.
Mas sabe o que eu mais amo na minha mãe?
O fato dela ser (im) perfeita.
Aprendi sendo mãe que nenhuma mãe é perfeita.
Mães sofrem, choram, sentem raiva, falam sem pensar, não
sabem todas as respostas.
Sentem medo, são inseguras, têm vontade de dar umas
palmadas, têm vontade de sumir por cinco minutos.
Dão comida congelada, esquecem de ler a agenda, trocam o
nome dos filhos.
Às vezes trocam uma fruta por um bolo só pra não brigar.
Mães têm dias ruins. Às vezes são elas que precisam de colo.
Às vezes elas só querem a SUA MÃE.
Mas no fundo todas as mães, cada uma do seu jeito e com as suas
limitações, têm uma vontade enorme de acertar.
Todas elas têm um brilho incrível nos olhos quando falam de
seus filhos.
Todas acham que seu filho é o mais lindo, o mais
inteligente, o mais querido.
Todas amam louca e incondicionalmente e enfrentariam tudo
para ver seus filhos felizes.
Elas morreriam por eles.
Elas matariam por eles.
Só as mães sabem a intensidade do que é ser mãe.
Uma homenagem a todas as mães e meu desejo de que todas
vivam longa e intensamente esta aventura que é criar filhos neste mundo cheio
de desafios.
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