sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um ano do Francisco

Gente, o tempo vôou de forma supersônica e daqui há uma semana o Francisco estará comemorando 1 aninho. Parece que foi ontem que eu enrolei ele na manta do hospital (que nunca mais devolvi, que vergonha!) e levei ele pra casa. Me lembro muito bem da minha cara e do Fabrício com aquele mini ser, mostrando pra ele a sua casa, falando de cada parte do seu novo lar, mostrando seu quarto e tudo o que a gente tinha preparado pra ele com tanto amor e carinho e eu com uma dúvida enorme de o que fazer com ele: coloco no berço? deixo no carrinho? Tudo novo e amedrontador, quase apavorante. Me lembro bem da minha angústia em não saber as razões do choro, ter que ir tentando, tentando, até descobrir se era fome, sono, cólica, cocô ou xixi. Os dias intermináveis da licença maternidade, vendo a vida passar pela Ana Maria Braga e pelo Vale à pena ver de novo. O início da amamentação, a mijada que levei do pediatra por não estar fazendo da forma como ele havia me informado. Aproveitando, segue uma dica: obedeçam o pediatra ou então não contem nada pra ele, pq eles odeiam as mamães desobedientes e no meu caso, muitas vezes eu ouvia todo mundo, menos ele e quando eu comecei a ouví-lo é que tudo começou a funcionar melhor. Mas fechando o parênteses do pediatra, este primeiro ano foi um dos mais intensos da minha vida. E sei que da vida do Fabrício também. Os primeiros 3 meses que são o caos na terra (mas passa e muito rápido), do 4o ao 6o mês que é quando começa a diversão, o momento em que o Francisco sentou e começou a brincar sozinho e antes disso, a primeira noite que ele dormiu a noite toda (e nós também)... este dia eu jamais vou me esquecer pq eu ria de orelha a orelha (como é bom dormir). O dia que eu descobri o primeiro dentinho (que orgulho, fui eu que descobri), o dia que ele comeu bisnaguinha e ficou com pão grudado em todos os minúsculos 4 destes (eu chorei de rir). As primeiras comidinhas e todas as caretas que acompanham as experiências gastronômicas (a cara de comer sorvete é a mais engraçada de todas). O dia em que ele fez cocô até quase a cabeça (temos muitas fotos deste dia) e depois desse dia vieram muitos outros e eu descobri que amo Vanish. O primeiro dia no parquinho. A gente andando de gangorra juntos. As brincadeiras e os momentos em família. Me orgulho de termos apresentado pra ele Ramones, Nirvana, New Order e Elvis e ele ficar todo feliz quando colocamos o CD e fazer aquela dancinha engraçada e rir pq acha tudo muito super. Aiiii o dia em que ele bateu palminhas pela primeira vez (to escrevendo e lembrando) foi muito lindo. O dia em que ele começou a engatinhar, puxando uma perninha de um jeito muito fofo e engraçadinho. Nossa, tem muitas coisas bacanas neste curtíssimo 1 ano de vida. Muitas descobertas, muitas aventuras, muitas novidades. Mas a maior descoberta de todas fui eu que fiz, me descobri mãe. Nunca pensei que conseguiria, nunca pensei que saberia ou que aprenderia (na verdade é um aprendizado diário). E hoje, tenho uma maturidade que nunca tive e uma vontade enorme de acertar e ajudar a formar uma pessoa bacana. Pegar este CD em branco, que é o Francisco, e tentar, junto com meu mega blaster maridão Fabrício, gravar nele só coisas bacanas, valores importantes, conceitos como amor, amizade, simplicidade, limites, verdade, afeto, compaixão, solidariedade, empatia, caráter, amor ao próximo e ver crescer alguém que vai fazer diferença no seu mundo e no mundo dos outros. Acho que este é o maior desafio dos pais e algo que não se aprende na escola. O exemplo mesmo vem dos modelos mais importantes da criança: os seus pais. E por mais que digam que o mundo tá complicado, que a gente tem que trabalhar mais e sobra menos tempo pro resto, acho que é hora de rever isto e tentar viver bem com o que se tem, para que a qualidade dos relacionamentos se fortaleça. Acho que mais importante do que dar o celular da moda ou o videogame do momento é pegar na mão do seu filho, abraçar bem forte e poder dizer um eu te amo do fundo do coração e ter tempo pra uma voltinha no parque em um sábado de sol, um pique-nique ao ar livre ou uma ida inocente ao zoológico, com direito a galinha enfarofada, com aquele gostinho da minha infância. As lembranças são muito mais marcantes do que as coisas. As minhas melhores lembranças não envolvem nada caro, são só coisas simples, mas que me fizeram muito feliz. E que chegue a festinha de aniversário pra gente curtir muito com o Francisco e se preparar para os próximos anos e as próximas descobertas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário