quinta-feira, 8 de outubro de 2015

A leveza do segundo filho.

Nunca imaginei que o segundo filho seria tão mais fácil. 
Ser mãe pela segunda vez é (e está sendo) muito leve. Embora os primeiros três meses continuem sendo muito chatinhos (ao menos pra mim, que não gosto muito deste início), aquele medo de não saber fazer, de não dar conta, de não saber lidar com a cólica, com a falta de sono, com a amamentação, com o choro, parece não ter tanta força no segundo filho. É como se o fato de já ser mãe, me desse uma espécie de certificado de habilidade materna e me enchesse de segurança para lidar com as situações que vão aparecendo.
Confesso que ao longo destes cinco anos do Francisco, eu me esqueci de muitas coisas que aconteceram no início, mas quando algo acontecia com o Caetano, eu pensava: "Eu já passei por isso. Eu sei fazer." - e isso ia me fortalecendo e fazendo com que eu entendesse que eu daria conta do recado.
E é engraçado como o meu comportamento mudou no segundo filho. Me lembro que com o Francisco eu achava que tinha que ficar olhando pra ele vinte e quatro horas por dia. Acordava mil vezes pra ver se ele estava respirando, se não tinha se afogado, se não tinha se virado, enfim, pra ver se estava vivo. Comia com ele do meu lado e a cada garfada era uma olhadinha pra ver se ele estava bem. Muitas vezes fui ao banheiro com ele em meus braços, pra não deixá-lo sozinho e isso que muitas vezes era só o tempo de um xixi e se eu deixasse a porta aberta, ele estaria na minha linha de visão.
A mãe do Francisco era insegura, medrosa, se preocupava à toa, ligava para o pediatra por qualquer coisa, não relaxava nunca.
Já a mãe do Caetano encara tudo com mais tranquilidade, deixa ele mais livre, entende que eles não são uma pessoa só, permite que ele se expresse sem achar que tem algum problema e se tiver algum problema, sabe que será resolvido e resolve.
Claro que nem tudo são flores. Houve momentos com o Caetano em que achei que não conseguiria. Houve momentos em que dei uma surtada. Houve momentos em que tive medo e me senti desprotegida e frágil. Mas tudo passava mais rápido, se resolvia mais rápido e a vida seguia seu rumo.
E agora que ele chegou na fase que eu amo, que é aquela de bebezão, que já está quase sentando, que já brinca mais sozinho e demostra mais os sentimentos, que começa a comer as primeiras papinhas e todo o dia tem uma novidade, estou no melhor dos mundos e a vida segue ainda mais leve.


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