quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Pai pra toda a obra.

Quando eu e o Fabrício estávamos pensando se teríamos ou não mais um filho, decidimos começar uma terapia de casal para facilitar o diálogo. O detalhe é que a primeira consulta era na quarta e eu descobri que estava grávida na segunda. Então, a terapia já não era mais pra decidir, e sim, para lidar melhor com o fato de já ter acontecido (ops!). E falamos muito sobre o papel do pai no processo da gravidez e depois dela. O pai tem um papel de pilar de sustentação, para ficar apoiando a mulher, de forma que ela se mantenha de pé ao longo de todo o processo. E como faz sentido. Eu realmente não sei como seria se não tivesse o Fabrício ao meu lado. Ele sempre foi um paizão. Daqueles que participam de absolutamente tudo. E vamos ser realistas, ter um recém nascido em casa é algo que exige muita dedicação e atenção, praticamente vinte e quatro horas por dia. E neste processo a mãe é quem mais vai se dedicar ao bebê e a rotina troca fralda, dá peito, faz arrotar, faz dormir é bastante desgastante no início. É natural o cansaço. Só que se este cansaço for muito grande pode até prejudicar a amamentação e a qualidade da dedicação ao bebê. Fora a bagunça hormonal, que nos leva da euforia ao caos em segundos. Por isso, o pai tem que ser pai pra toda a obra, não só para trocar fraldas, acordar junto durante a noite, dar banho e fazer o bebê dormir, como para assumir algumas rotinas da casa, liberando a mãe para se recuperar das noites mal dormidas e evitar aquela estafa física, que nos impede até de raciocinar, muitas vezes. Durante muito tempo a prioridade será o bebê e a rotina com ele é um looping infinito e ao mesmo tempo imprevisível, já que o recém nascido demora para organizar seus horários, para estabelecer o sono e chora por absolutamente qualquer coisa, já que é sua única forma de comunicação. O que pode levar a mãe a passar o dia todo de pijama, esquecer de comer, esquecer até de ir ao banheiro. Eu, várias vezes me dava conta disso, quando já era tarde da noite. Ter apoio é fundamental para tornar todo este início mais fácil. Ser centralizadora neste momento não é nada bom. E isso eu aprendi. Não importa se o jeito de fazer é diferente. Cada um vai ter seu jeito e não significa ser mais ou menos certo. O importante é que seja feito.
Então, mamães, deixem os pais se envolverem, permitam que eles experimentem essa conexão com o filhote, que se sintam tão importantes quanto a mãe. Deixem as avós e as dindas ajudarem. Lavar uma louça, dar uma geral na casa, fazer uma comidinha. Estas coisinhas simples tornam tudo mais tranquilo e poder dormir quando o bebê dorme ou tomar um banho demorado não tem preço. 

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