quarta-feira, 7 de julho de 2010

Eu voltei, agora pra ficar.

Eu saí correndo, empurrando o carrinho com as minhas malas e gritando "meus meninos, meus meninos". Meu coração batia tão forte que parecia que ia saltar do peito. Foi assim que cheguei em Porto Alegre, depois de 4 dias longe do Francisco e do Fabrício. Eu achei que o Francisco nem me reconheceria, mas lá na feira mesmo as mamães mais viajadas do que eu me disseram que nesta fase a criança não tem noção de tempo e que ele não saberia quanto tempo eu fiquei fora. E foi bem isso que aconteceu. Quando eu cheguei ele veio direto pro meu colo, como se a gente tivesse se visto ainda ontem. Foi tão bom sentir o cheirinho ele, olhar pra ele (acho até que ele cresceu nestes poucos dias), ouvir ele falando Francisques, beijar o pézinho dele (ah não tive dúvidas, assim que pude tirei as meias dele e enchi seus pés gordinhos de bisnaguinhas de beijos). Fazia tempo que eu não ficava tão feliz. Esqueci de tudo: do meu aniversário fora de casa, do cansaço físico, dos estresses que passei, do tempo que fiquei em pé, das chatices todas... ver o Francisco e o Fabrício me esperando naquele aeroporto me tirou todo o peso das costas. Eu voltei a ser eu: leve, feliz, sorridente. Quanto mais o carro se aproximava de casa, mais livre eu ia ficando. Dormir na minha cama, tomar banho com o Francisco, jantar com o Fabricio, ficar perto dele... como é bom voltar pra casa. Claro que passar uns dias fora não tira pedaço de ninguém; na verdade até faz bem. Mas chega um momento que só o que tu quer é voltar pra casa. Quanto mais perto de casa a gente chegava, mais feliz eu ficava. Dormir na minha cama, tomar banho com o Francisco e ficar pertinho do Fabrício... ai que saudades de tudo isso. Hotéis são frios - apesar do ótimo café da manhã. Nada melhor do que a casa da gente. E o Francisco estava radiante. Ele ficava me chamando, encostanto em mim, rindo o tempo todo. Parecia que ele queria me mostrar tudo o que ele tinha aprendido no tempo que ficamos longe. Coisa mais querida, balbuciando sem parar, com um brilho lindo nos olhos. Eu me senti muito importante, muito amada mesmo. O Fabri foi um guerreiro. Segurou a onda todo esse tempo, cuidando do Francisco sozinho (e dá um trabalhão) e ainda teve tempo de deixar tudo super em ordem e ainda comprar um presente de aniversário pra mim (um não, dois). Estes meus guris são as coisinhas mais importantes da minha vida, não consigo me imaginar sem eles. E para as próximas viagens vou levar o "kit de sobrevivência sem o Francisco", que as meninas da escolinha fizeram pra mim. Tem o carimbo dos pés e das mãos dele, uma foto linda e uma roupinha com o cheirinho dele... uma fofura. Vai me acompanhar em todas as viagens. No final de tudo, deu tudo certo aqui e lá e tudo voltou a ser como antes.

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