sexta-feira, 25 de março de 2011

Já pra cadeirinha, pensar no que tu fez!

O Francisco está numa fase complicadinha onde ele quer impor a sua vontade, não importa como. Pode ser chorando, fazendo beiço, atirando alguma coisa no chão ou, a mais nova forma, dando tapa. A minha terapeuta sempre me fala que com criança pequena temos que usar de uma linguagem de poucas palavras e muita firmeza, pq eles não entendem grandes divagações sobre um determinado tema, imagina, um sermão. Então quando um dia o Francisco me deu o tal tapa, eu segurei firme na mão dele e disse "não machuca a mamãe" e ele não fez mais. E é assim que eu tenho feito: seguro ele, olho firme nos olhos e repreendo o que ele fez de errado. Às vezes funciona, e às vezes não. Mas confesso que em casa e quando está conosco, nos momentos em família, com avós, primos, dindos e tios o Francisco não é o tipo de criança que tem ataques de birra frequentes. Ele é bem carinhoso, superafetuoso e dificilmente cria atrito quando entende que tal briga ele não vai vencer. Mas na escolinha fazem duas semanas que o Francisco tem tido alguns rompantes de raiva e tem dado tapas, nos coleguinhas, e até na profe. Ontem mesmo a profe falou pro Fabricio que ele havia dado um tapa nela e tinha ido pra cadeirinha de pensar. Hoje fui falar com ela e descobrir o motivo e ela me contou que ele quis defender uma coleguinha que estava sendo colocada de castigo. Gente, fiquei até com vontade de dizer "que amooooooooorrrr", mas sei que isso não é bacana e que se ele não for contido agora, depois ninguém segura. Mas estes toquinhos são tão chantagistas, tão fingidos e ao mesmo tempo tão fofos, que muitas vezes ganham a gente com um simples olhar ou com uma gracinha. Sei por mim. Quantas vezes eu estou para repreender o Francisco e ele olha pra mim e aponta alguma coisa (mudando totalmente de assunto) e diz "óiaaaaaaaaaaaaaaa" (olhaaaa, na lingua dele). Eu tenho que me segurar pra não rir. Tenho vontade de amassar o meu alemão. Mas tento me manter firme, assim como o Fabricio também, para ir mostrando quem é que manda. A cadeirinha de pensar é bastante usada na escolinha e está começando a ser usada lá em casa (mas neste caso é o sofá), só que pelo visto vai ter dias em que o Francisco vai ir umas 10 vezes pensar, pela frequencia com que ele tem testado os nossos limites e os dele também. Mas ok, os pais tem que ter uma paciência ilimitada e saber que a terapia da repetição é algo que tem que ser feita com as crianças até que elas entendam e respeitem determinadas regras e aprendam que nem tudo acontece na hora e como elas querem. Este exercício é um investimento no futuro e eu confesso que tenho mes esforçado muito para não substituir a cadeirinha de pensar pela minha havaianas.

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