terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pérolas que só acontecem nas pracinhas.




No último sábado aproveitamos o raro momento "fim de semana ensolarado" e levamos nossos afilhados Matheus (4) e Laura (1) e o Francisco para brincar na pracinha de Campo Bom. Aliás, os dirigentes de Novo Hamburgo deveriam se "inspirar" na prefeitura de Campo Bom e ver como uma cidade fica valorizada e mais vibrante com praças, ciclovias e parques que os seus cidadãos podem frequentar. Mas este não é o tom deste post. Foi só um desabafo por morar numa cidade que têm muita área livre e pouca vontade de fazer.


Ok, fomos na pracinha. Como foi um dos raros dias lindos deste inverno rigoroso que nós gaúchos temos enfrentado, a pracinha estava tomada de crianças de todas as idades, tamanhos, humores e um monte de adultos acompanhando. Numa observação que não precisava ser muito profunda já deu para observar os mais variados estilos de pais, de tios, de jeitos de cuidar dos filhos, de dar bronca, de cuidar da manha, de acudir quando o bonitinho ou bonitinha cai de um brinquedo ou leva um encontrão de uma criança maior que simplesmente "ignora" aqueles pequenos bebês que só atrapalham, e derruba sem dó nem piedade. Mas também deu pra presenciar algumas coisas muito engraçadas e outras que deveriam ser motivo de vergonha para muitos pais.




1. Tem criança que vai sozinha na pracinha.


Tinha umas crianças aloprando muito, tocando o terror, derrubando os pequenos, querendo puxar briga, furando a fila no escorregador, subindo o escorregador ao invés de descer, enfim, tendo um comportamento pouco sociável com os demais. E aí eu fiquei me perguntando "onde estão os pais destas crianças???". E pode saber que eles estavam ali. Muito provavelmente numa conversa muito animada com alguma amiga, muito provavelmente mãe de outra criança e muito provavelmente nem aí para o que o seu filho fazia. Pracinha não é babá e têm crianças que não se conhecem e que estão vivendo fases muito diferentes umas das outras. Os pais têm obrigação de controlar, auxiliar e dar um "chega pra lá" no seu filho quando ele não estiver sendo bacaninha com os outros.


2. Tem muita mãe sem noção


Estávamos eu e minha irmã sentadas em um banco, ela com a Laura no colo e o Fabricio brincando com o Francisco e o Matheus e uma menininha vinha até nós e dava um bjo ou braçava a Laura. Achei estranho tanto amor, mas minha irmã me disse que elas estão na mesma maternal. De repente, ela vem de novo e fala pra minha irmã, "me dá água, estou com sede", prontamente minha irmã deu e ela bebeu quase meia garrafinha num gole só, tadinha. Aí minha irmã perguntou "onde está a sua mãe?" e agora choquem com a resposta da menina de 7 anos "está ali atrás dando uns pegas num tio". Mellll delllsss!!! Que tipo de mãe abandona a filha a própria sorte na pracinha e vai "dar uns pegas num tio" num cantinho do lugar - e o que é pior, ainda conta isso pra filha? Com certeza foi o momento "choquei" do passeio.


3. Cigarro não combina com pais.


Podem me chamar de tudo: chata, mal humorada, politicamente correta, enfim, mas não posso fazer nada. Acho que cigarro não combina com pais e mães. Pronto, falei. É muito "cachorrão baixo astral" fumar perto de crianças. Tinha um senhor e sua esposa acendendo um cigarro após o outro e soltando fumaça na cara dos pequenos que brincavam na pracinha. O cara levava o filho e colocava no escorregador com o cigarro pendurado na boca. A gente queria lanchar e aquela fumaça medonha invadia a nossa bolachinha, o nosso iogurte, a nossa cara. Bah que saco! E outra, as crianças imitam. Se vêem o pai e a mãe fumando, pq não vão querer fumar também num futuro não muito distante? Até acho que se a pessoa gosta, curte, não consegue largar, ok, mas faz isso sozinha, quando não tem criança por perto.



4. Faça o que eu digo, mas não o que eu faço.


Um pai (o mesmo que fumava sem parar) chama a família para ir tomar sorvete. Até aí tudo inofensivo e queridinho. Sua esposa pergunta "fulanildo, onde tu estacionou o carro?" e ele "na vaga dos deficiente (assim no singular mesmo) e sai puxando duma perna no meio da pracinha tirando sarro e dizendo, "se o guarda me parar eu me finjo". Aí a mulher dele alertou "mas tem que ter o cartão e um adesivo no carro" e ele " eu digo que perdi e que peguei o carro emprestado." Que coisa mais feia, hein? As crianças presenciaram o pai pagando esse mico e devem ter pensado "como meu pai é esperto". Depois como cobrar uma conduta adequada dos pequenos?


Bom, chega por hoje. Essa ida à pracinha foi praticamente um estudo antropológico. Quase daria pra escrever um livro no estilo "Chique" só sobre como manter o "glamour" na pracinha.





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