terça-feira, 20 de março de 2012

Ser mãe, muitas vezes é frustrante.

Hoje eu vou usar o meu blog como se fosse o meu diário, onde eu simplesmente escrevo como estou me sentindo, mesmo que isto signifique que eu possa parecer doida.
Ser mãe muitas vezes é frustrante. Mas ao mesmo tempo é um aprendizado constante neste exercício de saber lidar com as frustrações, por que um filho coloca em cheque muitas coisas na vida da gente. Um filho não vai sair das fraldas quando queremos ou achamos que ele deve. Um filho não vai aceitar sempre ir tomar banho no mesmo horário. Um filho nem sempre vai querer almoçar, mesmo que tu tenha se esmerado e feito a melhor refeição dos últimos tempos. Um filho é um ser humano como qualquer outro e independente da sua idade, vai ter momentos de mau humor, de birra, de conflitos e nós pais temos que aprender a entender e acolher estes sentimentos e lidar com eles de forma adulta e o mais racional possível. É isso que passa segurança. Mas falar, ou melhor escrever, é bem mais fácil do que agir. A birra que o Francisco fez ontem pra tomar banho me fez perder o controle de uma forma que me fez questionar se eu sirvo mesmo pra essa tarefa "quase santa" que é ser mãe. Depois que tudo foi resolvido e ele foi dormir, já mais calmo e consciente das razões da nossa briga, eu fui pro meu quarto e chorei muito. Acho que às vezes os pais também precisam de um colo, de alguém que diga por onde ir, de alguém que ensine o que fazer. Mas quando viramos pais, parece que automaticamente deixamos de ser filhos e isso nos faz pensar que temos que resolver tudo sozinhos. Ontem eu gritei, mesmo sabendo que gritar não leva a nada. Ontem eu acabei dando um tapa na bunda, mesmo sabendo que bater também não é a melhor saída e por fim, quando não tinha mais sentido tudo aquilo eu simplesmente abracei ele muito forte até as nossas respirações se acalmarem e a gente poder seguir com mais harmonia. Eu sei que quando eu ajo desta forma destemperada, descontrolada e até irada, o Francisco no fundo sabe que ganhou aquela briga de mim, mas mesmo assim, é difícil agir de outra forma, quando um padrão de uma vida e de uma educação interira foi nesta linha. E mesmo eu promotendo a mim mesma que faria tudo muito diferente, inevitavelmente, os padrões tendem a se repetir. Então, o que eu tenho que fazer daqui pra frente é romper com o padrão e me desafiar todos os dias a agir diferente. Me desafiar, esta é a questão. Todos os dias me desafiar a ser melhor.

2 comentários:

  1. Lola, parabéns pela atitude de abraçar seu filho no momento de ira e obrigada por me mostrar mais uma vez que posso fazer diferente!!!

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    1. Oi, Nilian. Que bom ler teu comentário. Tu não sabe como eu fico feliz em saber que meus relatos ajudam outras mães. A gente sempre quer muito acertar, mas ao mesmo tempo tem tantas dúvidas. Mas eu tenho percebido que o melhor é sempre agir com amor e ao mesmo tempo firmeza. Um bjão pra ti.

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