quarta-feira, 30 de maio de 2012

Gravidez na adolescência. Em pleno século XXI ainda acontece.

Hoje, saindo da nutricionista, entro no elevador e me deparo com uma menina que aparentava menos de 16 anos, grávida. Ela era muito mignon e aquele barrigão de final de gravidez me chocou e ao mesmo tempo me cortou o coração.
Se ter um filho, mesmo quando muito planejado, desejado e pensado já é meio complicadinho, imagina assim, quando se tem menos de 18 e uma cabeça cheia de conflitos e incertezas. Fiquei reparando nela e seu rosto era completamente sem expressão, como se não entendesse ainda o que estava acontecendo (e talvez não entenda mesmo). E apesar deste assunto (gravidez na adolescência) ser amplamente discutido desde sempre em casa (quando os pais dão abertura), na escola, na internet, com os amigos, nas revistas, nos livros, no mundo, ainda assim, tem meninas e meninos que se deixam levar pelo turbilhão hormonal e esquecem de um acessório indispensável: a camisinha. Sem falar em HIV, HPV e outras tantas doenças sexualmente transmissíveis que são evitadas com o uso dessa boniteza feita de látex. E voltando no tempo sei que eu também poderia ter engravidado se não tivesse tomado a iniciativa de contar aos meus pais sobre a minha idéia de começar a transar, mesmo sabendo que isso seria motivo de uma guerra sem precedentes lá em casa. Mas abrir o jogo e falar sobre o inevitável (pq o sexo é um dos nossos instintos mais primitivos) foi o que me salvou de entrar para as estatísticas. Eu comecei a tomar pílula e pronto. Mas mesmo assim, eu estava imune à gravidez, mas não a todo o resto. E quando a menina toma pílula nem sempre o menino que usar preservativo. O papo é mais ou menos assim: quando temos uma relação estável (e pros adolescentes dois meses já é pra sempre) confiamos na pessoa e temos certeza de que ela só transa com a gente. Então, não precisa usar. E assim os anos vão passando e os números de meninas grávidas e pais adolescentes amentando cada vez mais. Pular etapas e ter um filho tão jovem assim, por mais que se tenha apoio em casa, financeiro e até psicológico não é nada fácil e exige uma dedicação gigante para assumir a educação e a formação de uma pessoa, quando ainda estamos em formação, e ainda assim tentar continuar com todos os outros projetos que sempre temos aos 16, 18, 20 anos. Então cabe a nós, pais e mães de meninos e de meninas termos uma cabeça aberta para perceber (e aceitar) estes movimentos e seguir informando sempre, alertando e obeservando para evitar que uma fase tão bacana da vida seja atropelada por outra que poderia ser vivida bem mais adiante e de uma forma muito mais bonita e leve.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Nascer é um milagre. Se tornar pai e mãe também é.

Ontem recebemos a confirmação do dia do nascimento do nosso afilhado Otto.
Seria na sexta-feira, às 16h30. Eu disse "seria", porque este menininho, que já mostrou ter personalidade, resolveu provar para todo mundo que ele viria quando ele quisesse.
E ontem, por volta da uma da manhã a bolsa se rompeu e logo mais ele veio ao mundo, no dia e do jeito que ele quis. Eu acho lindo quando a natureza trabalha, quando as coisas acontecem no momento certo e no caso do parto, é muito bom quando o bebê nasce quando realmente está pronto.
Mas lendo aquela mensagem no meu celular, foi inevitável relembrar os momentos que vivemos quando o Francisco nasceu. A ansiedade antes do parto, a vontade de ver o rostinho dele, de sentir seu cheiro, de tê-lo nos braços, de ter certeza que ele nasceu perfeito e com saúde.
Nascer é um milagre. Se tornar pai e mãe também é.
Como a gente muda quando tem um filho. O que antes nos dava nojo se torna super normal e até encaramos com humor. O choro que antes (vindo de outras crianças) nos estressava, é acolhido com amor. Deixamos de ser egoístas e passamos a nos preocupar primeiro com o outro, para lá no final lembrar que precisamos comer, que ainda não tomamos banho, que ainda não dormimos. Por um tempo, abrimos mão da nossa liberdade de ir e vir e ajustamos a nossa vida de acordo com o horário das mamadas, das sonecas, das trocas de fralda. Encaramos as viroses, as febres, as quedas, como guerreiros que, mesmo morrendo de medo por dentro, se mostram firmes para passar segurança para a tropa. E mesmo assim, temos um brilho nos olhos que só quem tem um filho entende. E à medida em que o tempo passa, vamos ficando cada vez mais apaixonados por aquele pequeno indivíduo que vai passar a sua vida tranformando a nossa.
Seja bem-vindo Otto. Sejam bem-vindos Bia e Glédson os novos membros dessa louca e incrível vida de pai e mãe.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÃE é ser tudo e mais um pouco.

Quando eu decidi ser mãe jamais imaginei o real singificado que esta decisão teria na minha vida.
Eu apenas imaginava. Imaginava sobre o amor incondicional que eu sentiria pelo meu filho, imaginava sobre as noites mal dormidas, imaginava a emoção de ouvir Mãe pela primeira vez, da alegria ao ver o filho sorrir, do orgulho em vê-lo dar os primeiros passinhos.
Hoje eu percebo que Mãe é tudo e mais um pouco. Somos enfermeiras, amigas, chefs de cozinha,  professoras, roqueiras, bailarinas, palhaças, psicólogas, artistas, desenhistas, conselheiras, videntes e até passamos por chatas, quando não cedemos a certos caprichos de nossos pequenos, mas principalmente, somos leoas quando o assunto é defender nossos filhos.
Para saber o que é ser Mãe, não adianta, tem que ser.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O dicionário das crianças é muito mais divertido.

Aproveitei a pausa na loucura que está essa minha semana "corporativa" para publicar mais pérolas do Francisco, nesta sua fase tagarela.
Eu pucurô = eu encontrei
Eu não tenho saudade = eu não tenho vontade (de fazer algo, normalmente, quando convidado a fazer cocô)
Toca tchurathundum = quando ele quer ouvir o CD do Kid Abelha
Massinha de modelada = massinha de modelar
Melói = quando ele quer tomar um iogurte maior que danoninho ou cantando a música do kid abelha que fala "vem que eu te ensino como ser bem melói (melhor)"
Covi kiss = o canal discovery kids
Colinha = escolinha
Cóssa = calça
Foda = fralda
Bacaxi = abacaxi
eu modeu = eu te mordi
é minho = pra dizer que alguma coisa é dele "é minho cavalo"
culéi = colher, faca ou garfo
cótero = helicóptero
gol do intei = quando ouve barulho de foguete