segunda-feira, 13 de julho de 2009

Meu primeiro desejo de grávida


Até este momento - em torno de seis meses e um pquinho de gravidez - eu continuava uma grávida praticamente sem sintomas, com excessão do crescimento involuntário da barriga dia após dia. Todos perguntavam "e aí? tu enjôou muito?", e eu dizia: "no primeiro mês tive algo parecido com um embrulho no estômago, logo que descobri que estava grávida, mas não passou disso." E aí insistiam: "tá mas tu não se sentiu cansada, tu não teve enjôo de nenhum tipo de alimento, nem do teu marido, nem de nada?", e eu dizia: "pra falar a verdade, tive enjôo da voz de um fornecedor da agência. Quando tinha que atender a um telefonema do coitado, desligava o telefone quase verde, louca pra sair correndo pro banheiro. Mas tão logo parei de falar com ele e o enjôo parou." Eu percebi que todos ficavam até meio decepcionados com os meus relatos de gestante sem sintomas e vi que todos tinham uma curiosidade muito grande, que ia além dos habituais enjôos: todos queriam saber se tu já tinha tido algum tipo de desejo. E pasmem, não tinha. Até ontem. Ontem eu e o Fabrício fomos almoçar nos meus pais. O cardápio: pimentão recheado (a-do-ro), carne de porco no forno (gosto bastante), saladas variadas (sim, muita salada), arroz e maionese (amo e minha nutri que não me leia). Ou seja, um verdadeiro banquete pra grávida nenhuma botar defeito. Mas quando cheguei algo aconteceu. Olhei pra minha mãe e disse "não tem feijão?", e ela "não. ontem até compramos no super feijão pronto, pq não cozinhei esta semana". Gente, eu simplesmente não parei mais de pensar no feijão. Podia sentir o cheirinho dele, a textura dos grãos se esmigalhando na minha boca. Parecia que nada do que tinha na mesa tinha sentido sem o feijão... Então falei "amor, já que o almoço vai demorar ainda pra ser servido, vamos ver se encontramos feijão em algum lugar?". Os maridos neste hora sofrem um pouco, mas vamos combinar que feijão não é um desejo dos mais complicados de realizar né? E a possibilidade de nosso filho nascer com cara de feijão dispensou qualquer discussão para me fazer desistir do plano. Fomos em busca do feijão. Direto no Bourbon que tem tudo... NÃO TINHA FEIJÃO. Eu fui me desesperando... se o Bourbon não tinha, quem ia me salvar? Acreditem, foi no Nacional que encontramos o feijão. Logo lá que tem o maior índice de "nãos" para a pergunta "a senhora encontrou tudo o que procurava?". Pois é, o Nacional realizou o meu primeiro desejo oficial de grávida. Enchi uma marmita master blaster e fui feliz da vida pra casa... é claro que comi todos os itens do almoço da mami, mais o feijão hehehe

2 comentários:

  1. A possibilidade do Francisco nascer com cara de feijão me fez saltar da cadeira e prontamente atender ao desejo da Louisiane. Imagina....pretinho igual ao feijão ?
    Tá loko meu !

    ResponderExcluir