terça-feira, 14 de abril de 2009

Humor gangorra




Quando eu ainda me preparava psicologicamente para engravidar, uma amiga me emprestou um livro que tem como título "O que esperar quando você está esperando". Nele tem absolutamente tudo o que acontece com a futura mamãe desde o primeiro mês até o nono. É claro que tão logo li o resultado de positivo comecei a ler, mês a mês, à medida que a gestação estava evoluindo. Confesso que dá uma vontade de ir direto pro nono mês, mas estou me segurando... O que me chamou mais atenção é que desde o primeiro mês tem um sintoma que se repete: bruscas variações de humor, semelhantes ao período pré-menstrual, alternando momentos de auforia e tristeza, angústia, ansiedade ou todos estes sintomas juntos. Bom, eu até estava me mantendo numa estabilidade atípica para a minha pessoa, mas hoje no banco eu quis matar um. Eu já deixo tudo que possa apitar naquela maldita porta giratória dentro do carro - prevenir nunca é demais - fiz isso como sempre e fui pagar uma conta na Caixa Federal (medoooo). Tranquei na porta. Uma fila de pessoas aflitas pelas suas aposentadorias se formava atrás de mim. O guarda, me diz rapidamente "a senhora tem carteira com moedas? Óculos de sol? Estojo de maquiagem? Bolsa com fivela de metal?" - alôouuuuuuuuuuu, é ÓBVIO que sim, afinal de contas sou uma mulher, com bolsa de mulher!!! Aliás, uma bolsa chiquetérrima. Gigante, prata, cheia de detalhes de metal... última tendência na Europa. Posto isso, atrolhei a caixinha com todas as minhas coisas... carteira, caixa do óculos, necessaire com maquiagem... não tinha espaço para mais nada. Fui passar e de novo apitou... eu imagino a minha cara, e quando eu fico puta com alguma coisa minha cara diz tudo... e o sutil guardinha diz "abre a bolsa pra eu ver". Eu digo "tá vazia. coloquei tudo na caixinha", e ele diz taxativo "mesmo assim eu preciso ver..." Aí eu pensei pra mim, realmente tu tem razão para ter medo: eu sou uma grávida, com humor gangorra, tenho uma calibre 12 na bolsa e to doida pra explodir o cabeção de um guardinha de porta giratória...Sorrindo eu abri a bolsa vazia e disse, "agora eu posso passar?" E ele: "pendura a tua bolsa, da um passo para tráz da faixa azul e depois disso retorna..." Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii que vontade de afofar a pau... entrei, paguei a maldita conta. Depois disso, comprei um delicioso picolé de côco e saí caminhando no sol feliz da vida com uma vontade doida de cantar.

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