terça-feira, 4 de maio de 2010

Como as coisas são...

Estes dias eu estava pensando sobre a idéia que eu tinha da maternidade e de como eu pensava que as coisas seriam. Aí lembrei do meu grupo de reeducação alimentar, logo quando iniciei e de uma mulher, já na faixa dos 40 anos que sempre colocava a culpa de tudo o que ela não conseguia fazer nos filhos, pra ser mais exata "no pequeno" - nome carinhoso que ela dava para o mais novo - que a impedia de fazer os lanches nos horários, de conseguir tempo para se matricular na academia e de comer tudo direitinho como estava prescrito, porque não tinha tempo para nada. Tudo era o "pequeno". E eu ficava pensando com meus botões "Que pequeno, coisa nenhuma. A culpa é dela que não quer fazer as coisas e pronto. Muito fácil culpar o pequeno por tudo."
Bom, passado um tempo e é por isso que dizem que o mundo é redondo, cá estou eu com o meu "pequeno" e tentando fazer das tripas coração para ajustar a minha rotina e voltar a ter tempo para as coisas que eu sempre fiz. Bem feito pra mim, que não dei valor pra angústia da minha colega de grupo. Mas sabe que cheguei a conclusão de que o maior problema não é mesmo o pequeno e sim, eusinha. Aham! Quem esquece de comer nos horários, ou de colocar a maçã na bolsa sou eu e não o pequeno - até pq o Francisco fica o dia todo na escolinha. Quem não consegue ir na academia sou eu e não o pequeno, ou pq eu tive que ficar trabalhando no horário do almoço ou porque eu estava com uma louca vontade de ver vitrines e pensar em futilidades ao invés de malhar. Ou seja, o pequeno não tem culpa de nada e somos nós, as mamis, que temos que deixar de culpar o filho, o trabalho, o marido, a chuva ou quem quer que seja, pela NOSSA falta de tempo ou pela impossibilidade de voltarmos a nos priorizar, depois da maternidade.
Tudo é uma questão de prioridade, sobretudo a gente. Hoje fiquei muito feliz porque voltei pra academia. Saí de uma reunião punk, com 180 batimentos por minuto - ui que medo, mas pensei, posso voltar pra agência e ficar resmungando pelos cantos ou colocar uma endorfininha no corpo, mexer naquela energia braba e voltar pro segundo hound mais feliz. Fiz musculação, bicicleta, esteira e um lindo alongamento com direito a massagem nas costas. Isso é que é vida! Eu resolvi investir em mim. O Francisco e o Fabricio fazem parte da minha vida - na verdade são a melhor parte dela - e eles vão sempre estar nos meus planos, mas eu posso e devo ter os meus momentos. Um momento pra curtir a Lolândia. O meu trabalho é estressante, desgastante, atucanante? Sim - e há anos - e sabe do que mais? A não ser que eu resolva mudar de vida, sorry it´s my life! Então eu posso tornar as coisas mais difíceis ou mais fáceis. A escolha é minha. Todas as pessoas of the world tem problemas, falta de tempo, o que diferencia uma pessoa da outra e como cada uma lida com isso. Eu decidi - e olha que nem precisei de terapia para isso - que quero fazer diferente. Dá sim para conciliar tudo. Filhos, carreira e marido. Pode haver algumas mudanças no meio do caminho? Sempre pode. Mas o importante é ter foco no que faz a gente realmente feliz. O resto é desculpa.

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