sexta-feira, 7 de maio de 2010

Relacionamento papai e mamãe.

Hoje eu fui almoçar com a minha irmã. No auge do seu barrigão do segundo filhote, mais precisamente filhota, a Laura. Eu e ela fomos almoçar e colocar os assuntos em dia pq com a correria em que andamos, mal conseguimos dar bom dia pelo MSN.
O papo do almoço girou em torno de como as coisas mudam depois dos filhos, como o relacionamento marido/mulher acaba caindo numa vibe meio "sem sal", com menos romantismo, menos ineditismo, menos surpresinhas boas, menos tempo pra se curtir.
E realmente a chegada de um filho, principalmente o primeiro, é um momento de total adaptação. A dupla, vira trio. E este terceiro membro é totalmente dependente, carente de cuidados, precisa ser ajudado a descobrir o mundo e a se adaptar a ele. Para o bebê também não é nada fácil. E aí o que acaba acontecendo? A dupla marido e mulher vira a dupla papai e mamãe. Os assuntos giram em torno do filho. As compras giram em torno do filho. Os melhores momentos passam a ser com o filho. A casa fica com o cheirinho do filho. Os móveis mudam de lugar ou ganham novos assessórios, como a cadeira de comer na mesa de refeições, o cercadinho no meio da sala, os brinquedos espalhados por todos os cantos. Toda esta atmosfera é mesmo contagiante. É tudo novo. Tudo começando agora. Só que chega um tempo em a gente começa e se sentir meio de lado. Sabe que é até um pouco de ciúmes, eu acho. Como todo este envolvimento falta tempo - e até forças, às vezes - pra namorar, pra conversar sobre algumas futilidades, de ouvir aquela música que a gente gostava ou simplesmete, sair para jantar ou pegar um cineminha, ou simplesmente fazer um jantarzinho a dois. Aí hoje eu entendo o significado da expressão "papai e mamãe". E é engraçado pq todas as minhas amigas que tem filhos já passaram por isso e todas sem excessão reclamam das mesmas coisas: de como elas se sentem sozinhas, como elas sentem falta do tempo em que os maridos eram românticos, escreviam bilhetinhos, mandavam flores, namoravam mais, falavam coisas do tipo "como tu tá linda" ou usavam outros artifícios melosos que são usados quando se quer conquistar alguém, o que normalmente só ocorre mesmo no início do relacionamento. Naquela fase da "paixonite aguda". Com o passar do tempo - e acho que isto não é mérito ou demérito só dos homens - a gente vai esfriando as coisas. Tudo vai caindo na rotina. Tudo vira lugar comum. E isto é um grande equívoco. É preciso reencontrar a novidade. É preciso voltar a se conhecer. A se conquistar. O ego da gente é muito carente. Precisamos de elogios, precisamos nos sentir amados, desejados, importantes, bonitos, cheirosos, gostosos. E dia desses eu estava tendo uma pequena DR por MNS (olha o que é a tecnologia) e o Fabrício disse que eu deveria parar de reclamar e começar a agir. Pq só ficar reclamando não levaria a nada. Então eu comecei a agir. Do jeito que eu sei agir: com surpresa, com romantismo, com ritual, onde tudo vira um grande momento. E para a próxima sexta organizei um programa só pra nós. Vai ser super - como diz meu sobrinho hehehehe Aguardem as cenas dos próximos capítulos. hehehehe

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