sexta-feira, 8 de maio de 2009

Terapia de família na Renner

Pensando em antecipar a correria de última hora do Dia das Mães, onde filhos e maridos indecisos abarrotam as lojas de departamento em busca do agrado ideal para suas mamis e esposas, reservei meu horário de almoço para ir até a Renner buscar o presente da dona Vera. Como não sou boba nem nada, já saí com a idéia definida. Só escolher o modelo e a cor e pronto! Em dez minutos eu já estava posicionada no caixa, feliz da vida com o récorde de rapidez na Renner. Logo atrás de mim, uma mãe, seu filho de uns 17 anos e sua filha de uns 25.
De repente, começa a gritaria:
- É quase uma hora e a gente ainda tem um monte de coisas pra fazer. Precisa levar um ano pra escolher um par de brincos e um colar, mãe? Que ridículo! Ficar perdendo meu tempo nessa bosta de shopping. (isso num tom de voz que toda loja ouvia)
- Cala essa tua boca! (dizia a mãe para seu filho) Eu te disse que ia ser demorado. Que eu ia olhar tudo, com calma. Por que tu veio junto? Só pra me estressar? Cala boca e não me enche!
- Essa droga de fila não anda? (disse a filha)
- Filha, tu pegou três boinas iguais?
- Tá cega mãe? É uma cinza e preto, uma preto e cinza e a outra preto cinza e branco? (disse bem irritadinha a moça e as boinas eram iguais mesmo)
- Mas pq tu não leva só uma?
- Ai mãe, não enche. O que é 14 reais por mês por três chapéus lindos?
- Filha tu pegou um colar de pérolas? Que lindo. (disse a mãe pra fazer as pazes)
- Lindo nada! Colar de pérola é coisa pra véia! (falou o filho delicado)
- Que que tu entende de colar de pérolas, fulano? (retrucou a irmã)
- Tuuuuuuuuuudddddddddddo! (disse ele. como diria a maísa, "tá bom querido")
- Ôfulano, vai lá em cima e ve se o caixa tá mais vazio. Esse aqui tá parado! (berrou a mãe pro filho)
- Eu não. Se tu quer tu vai. Tu que quis vir nessa bosta de loja. Agora aguenta.
Eu já queria afofar todos os três a pau. Pelo amor de Deus, que falta de educação. Pra mim, terapia de família deve ser feita num consultório, entre quatro paredes e não no meio da Renner. O carinha que estava na minha frente olhou pra trás e eu disse: será que a gente tem mesmo que ficar ouvindo isso? E ele pra mim: acho que essa senhora não ouviu falar da super nany, ia fazer uma diferença...
Paguei minhas compras fui dar mais uma voltinha e quando passei pela Renner de novo a família "estresse" estava ainda no caixa discutindo...


3 comentários:

  1. Eu odeio a Renner, C&A e todas essas lojas onde o povão se acumula às dezenas, gritando e tagarelando. Principalmente quando a gente se depara com esses tipinhos estragados que a Louisiane comenta ae. Pra mim é um sacrifício quando tenho que comprar alguma coisa nesses lugares, é estressante. Bom, desabafei um pouco, minha esposa diz que é bom desabafar pra não ficar acumulando essas sensações ruins...hehehe...um abraço.

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  2. Lolis...se isso serve de consolo, aqui nessa terra além do mediterrâneo o que nao falta são "tipinhos estradagos retardados-sem-educação-infelizes-e-mau-humorados"!!! E cada vez que quero ver coisinhas e presentinhos lembro de como era bom quando saíamos juntas pra fazer shopping: o astral tão bom, a conversa que não acabava nunca e o nosso bom-gosto gêmeo deixavam qualquer ser "estragadinho" tao pequeno que a gente nem percebia se estavam por perto!! Saudade do tamanho do mundo!!

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