sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tudo se transforma

Ontem fui na casa de uma amiga para encontrar outras amigas no nosso tradicional e divertido "chimarrão com fofoca". Faz muito tempo que a gente se reunie para colocar as fofocas em dia, saber das últimas novidades de cada uma, no amor, na moda, no trabalho, na vida e de quebra, comer uns petiscos delícia e tomar um chimarrão. Cada vez na casa de uma.
Mas na verdade a gente já se conhece há muito mais tempo e até é melhor não enfatizar o quanto para fingir que o tempo não passou tanto assim. Afinal de contas, estamos todas cada vez melhores.

Mas ontem parei pra pensar numa coisa: no nosso chima havia 5 crianças, incluindo o meu Francisco - ainda que participando de tudo dentro do útero. Tinha a Marina (filha da Bia), uma das meninas de 3 anos mais fofas e inteligentes que eu já conheci. O Vicente (segundo filhote da Bia) o mais pitoco da nova geração, que fez uma de suas raras aparições acordado. Tinha o Arthur, filho da Mona, também bebê com sua micro cabeleira praticamente branquinha de tão loira e uma calma total para mostrar para sua mãe que ela pode sim, levá-lo para sair que ele não surta depois das seis da tarde, como ela nos declarou que ele faria. E por último e não menos fofo, vem o Vitor (filho da Magali), risonho e superanimado descobrindo um mundo todo novo agora que já sabe caminhar. E todas nós lá - as mães, futuras mães e ainda não mães - reunidas e entre uma olhadinha no cabelo do Wagner Moura e um comentário sobre o figurino maravilhoso da Thaís Araújo na nova novela das oito, curtindo aquela bagunça toda que só as crianças podem fazer em segundos.

Então percebi que tudo vai se transformando. A gente sempre lembra das festas, dos amores avassaladores que a gente teve, das noites loucas que vivemos em todo esse tempo que nos conhecemos, dos "deus me livre" que cada uma já teve - e nem adianta dizer que não, pq todo mundo tem o seu -, dos carnavais na SAT, damos risadas daquelas de quase fazer xixi nas calças, mas ao mesmo tempo estamos numa fase completamente nova. Uma transformação muito bacana que a maternidade traz que é exatamente abrir espaço para outras gerações - neste caso, nossos filhos - viverem as mesmas coisas que a gente. E mesmo que muitas vezes a gente se pegue dizendo que o mundo tá mudado, que as crianças não são mais as mesmas, que os adolescentes não são mais os mesmos, no final de tudo as transformações, angústias, rebeldia, excessos e lá na frente, anos e anos depois, a maturidade acontecem igualzinho e a gente desta vez, vai estar do outro lado.

E mesmo aquelas que ainda não estão na fase mãe, estão com projetos grandiosos, carreiras acontecendo e de quebra ainda abastecem nossos chimas com novas histórias que ajudam a quebrar o papo fralda, refluxo, papinha.

Um palpite em tempo: pra mim, a próxima mãe vai ser a Nine. Fiquei arrepiada do jeito que ela tem com bebês e crianças em geral. Se quando o Francisco nascer eu tiver um terço da desenvoltura e esse jeito de criança que ela tem com os pequenos, já me sinto muito feliz.

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