quinta-feira, 28 de maio de 2009

Rima de Criança



Acordei pela manhã
não sei bem o que aconteceu
Acho que durante a noite
minha barriga cresceu
O Francisco não tem idéia
do bem que ele me faz
mesmo estando bem pançuda
me acho linda demais
Ainda falta um tempinho
pro meu filhote chegar
E até lá fico torcendo
pra sentir ele chutar
O tamanho da barriga?
isso pouco importa agora
O que mais importa mesmo
é chegar aquela hora
A hora que a bolsa estora
E lá vem a contração
Vamos correr pro hospital
Olhos cheios de emoção
Cesariana ou normal?
O Francisco vai escolher
É ele quem vai decidir
Como quer nos conhecer

quarta-feira, 27 de maio de 2009

O que está acontecendo dentro de mim?

É muito estranho sentir tantas mudanças acontecendo dentro de mim, mas não saber exatamente o que está acontecendo.

Vou vestir uma calça e ela tranca na barriga. Me olho no espelho de lado e parece que engoli um melão. Meus peitos cresceram muito (a melhor parte de todas estas mudanças). Sei que tem um bebê dentro de mim, mas mesmo assim fico me sentindo meio perdida nisso tudo.

Então me indicaram um site bem legal www.bebe.com que mostra tudo o que tá acontecendo semana a semana. Com várias coisas bacanas sobre sintomas e tudo que pode deixar as futuras mamães meio atucanadas.

Agora cheguei na 20ª semana. Isso dá quase cinco meses. Neste período acumulei pouco mais de cinco quilos (ainda estou me acostumando com isso), e pouquíssima coisa mudou por fora, tirando a barriga que começa a tomar aquela forma queridinha de barriga de grávida e passou daquela fase chata de "não fiz cocô ontem" para uma fase mais "ela está grávida, que amor". Ainda (acho que por pouco tempo) estou usando algumas calças jeans (não se preocupem que não apertam a barriga) e ainda uso boa parte do meu guarda-roupas, que sempre foi rico em batinhas e roupinhas soltinhas.

O que acontece com o bebê dentro de mim?
Todo o seu corpo está agora coberto por uma substância branca e oleosa. É a vernix caseosa, que protege sua pele do líquido amniótico. Pudera. Ficar mergulhado ali tanto tempo poderia causar irritações na frágil pele do pequeno. Essa substância, que é muito escorregadia, também vai facilitar a descida do bebê, no momento em que ele se encaixa na pelve, lá no fim da gestação. A essa altura, ele já pesa 260 gramas e mede cerca de 16 centímetros (que gordinho né?).


O que acontece comigo?

Nesta semana, um líquido fino e branco pode sair das mamas. Trata-se do colostro, o primeiro leite que alimentará o recém-nascido. Uma pequena quantidade pode ser liberada quando as mamas são levemente massageadas (olha, ainda não vi esse tal colostro). Eu posso estar sentindo mais calor ou transpirando muito (graças a Deus neste sintoma também não me encaixo, até pq odeio suor). Esses são sintomas comuns na gravidez. Mas são tantas as mudanças e tantas preocupações que parece que nove meses são pouco para aprender a lidar com tudo isso. A impressão que eu tenho é que quando eu estiver entendido tudo sobre a gravidez, já vai ser hora de aprender sobre a maternidade ao vivo e a cores.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vantagens de ser mãe de menino


Tenho que confessar uma coisa pra vocês. Não quero usar a palavra preferência, até para não me comprometer, mas tenho que admitir que algo dentro de mim dizia que eu teria uma menina. Pronto. Falei!
E no caminho pra Eco fiquei sabendo que o Fabrício também pensava desta forma. O que significa que depois da constatação "é um menino", ambos tivemos que reprogramar nossa cabeça para o fato de sermos pais de menino. Acho até que foi fácil, pq tão logo saímos do consultório já começamos a olhar meninos e pensar em como será bacana ter um deles na nossa vida. E pra falar bem a verdade, penso que ter um menino tem muitas vantagens.

- Primeiro a financeira. O enxoval do menino custa metade do valor. Sem frufrus, meias calças, sainhas, babadinhos, sapatinhos, casaquinhos com mil detalhes, tiarinhas, presilhas, brinquinhos, pulseirinhas, bolsinhas e toda a infinidade de "inhas" que as meninas precisam pra ser aquelas fofas que arrancam suspiros por onde passam, a economia do casal é indiscutível. Menino é mais óbvio. Camiseta, calça e tênis e tá feito o look do rapazinho. Claro que ser fashion continua sendo fundamental, mas mais barato.
- Ontem uma amiga me falou sobre uma vantagem que eu nem tinha pensado. Ter como primeiro filho (ainda não sei se haverá um segundo) um menino é melhor pq os pais de primeira viagem tendem a ser meio atrapalhados em vários momentos. Então quanto menos roupa e acessórios precisarmos escolher na hora de sair de casa, melhor. E outra, menino é mais solto, mais independente, a tendência é que as coisas fluam de um jeito mais light.
- Agora uma constatação que eu adoro. O indiscutível apego do menino com sua mami. Eles são uns grudes com a mãe. São muito carinhosos, afetivos e dengosos, estão sempre procurando por elas, querendo vê-las por perto. Pelo menos até chegar o momento de arranjar namorada, o que aliás, tem acontecido bem mais cedo ultimamente pro meu total pavor e ciúme precoce.
- Ver os olhos do Fabrício brilhando só de pensar em ensinar as duas coisas mais importantes do mundo pro Francisco: jogar bola e torcer pelo Inter. Gente, nessa eu nem discuti. Torço pelo Grêmio (confesso que não com todo o fervor do mundo), mas não imagino meu filhote torcendo por outro time que não o do seu pai. Até pq não me interesso muito por estádios lotados e homens correndo atraz de uma bola 90 minutos. Depois que casei evoluí um pouco neste assunto. Até sei mais ou menos o que é impedimento e quando é falta pra cartão, mas meus conhecimentos futebolísticos acabam aí. O Francisco merece um professor melhor e mais empolgado do que eu.
- poder decorar o quarto com motivos mais masculininhos, tipo Rock, por exemplo.
- poder dar uma camisetinha do Ramones cheia de estilo e personalidade.
- poder comprar camisa de botão pra usar aberta em cima da camiseta e calça cargo, com All Star bem super
- poder fazer topete de gel, no cabelo.
- poder brincar com as pistas do Hot Weels e todo o tipo de carrinhos de corrida
- poder fazer xixi sem precisar de muita infra
- poder amassar muito até irritar
- vê-lo fazer xixi pra cima e mijar nas visitas que acompanham a troca de fralda

- poder usar sunga na praia

- se sujar muiiiiiiiiiiiiiiittttttttttttttttttooooooooooooo com todo o tipo de melecas

e por aí vai. Com toda a certeza vai ser um grande barato criar um menino.



sexta-feira, 15 de maio de 2009

É um menino!

Depois de meses e meses (que mais pareceram anos) de espera, finalmente Fabricio e eu conseguimos descobrir o sexo do nosso filhote.
Consegui uma autorização para uma eco entre as 12 e as 22 semanas e fomos, felizes da vida, em busca desta importante descoberta. Que aliás define tudo. Podemos chamar pelo nome, podemos pensar em comprar coisinhas sem o estigma do branco, verde e amarelo, mas o mais importante é que a relação mamãe - papai - bebê muda completamente. Apesar de no primeiro filho não haver preferência, saber o sexo do bebê criar um vínculo diferente. É como se tudo fosse mais correspondido a partir de agora. Sei lá, é muito diferente. Antes da eco eu comi um pedacinho de chocolate pq me falaram que o bebe mexia mais. E deu certo. Mas na verdade acho que o que deu certo mesmo foi o fato de até então, eu chamar o filhote carinhosamente de "lambari". Antes da eco falei com o bebe e disse, " se tu não quiser mais ser chamado de Lambari, tu precisa mostrar o que tu é pra mamãe". Acho que isso fez toda a diferença. Mal o médico colocou o sensor na minha barriga já tava lá ele de pernocas abertas, mostrando tudo. Eu não vi muita coisa, pq ainda estou meio que aprendendo a ver o filhote na eco, mas o médico e o Fabrício viram. Mas eu fiquei meio frustrada de não ter identificado o pintinho do nosso filhote, até pq o médico disse que era um pintão e mesmo assim, eu não vi. Mas tudo bem. O fato é: tem pinto. Então é Menino. Se é menino. Vai se chamar Francisco. Pronto, a partir do dia 13/05/2009 nosso lambari foi promovido a Francisco. E agora eu estou viajando na idéia de ser mãe de um menino. Tudo que dá pra fazer, vestir, brincar... vai ser um barato.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Meu primeiro Dia das Mães

Mamãe

Eu ainda não nasci, mas sei que hoje é o Dia das Mães.
Por isso pedi pro papai escrever essa cartinha para te dizer que você está cuidando muito bem de mim, me dando comidinhas delícia todos os dias, conversando comigo e me dando muito carinho.
Não vejo a hora de nascer para poder dizer:

MAMÃE EU TE AMO!

Feliz Dia das Mães

Assinado:
Elis ou Francisco

Esse foi o presente que o Fabrício me deu no meu primeiro Dia das Mães. Acho que nem preciso dizer que foi uma das coisas mais lindas que já vivi. E só de pensar que em maio do próximo ano, provavelmente nosso bebe já vai estar balbuciando as primeiras palavrinhas, já encho os olhos d´água.

terça-feira, 12 de maio de 2009

A compra do quarto do bebê

Finalmente compramos o quarto do nosso bebê. E tenho algumas coisas muito importantes para todos aqueles que vão passar por isto um dia.

- pesquisem muiiiiiiiiiiiiiiitttttttttttttttttttttto. As lojas e seus vendedores sedentos por comissão, usam e abusam do momento "olhos cheios d´água" dos pais para empurrar tudo o que é mais caro e, muitas vezes até inútil.
- gente, vai dar vontade de comprar tudo. Tem tecnologias inimagináveis, como cama com dispositivo anti refluxo, móbile que fala e canta duzentas músicas diferentes, que gira, apita, e só falta levar o bebê na escolinha. Mas sério, tem coisas que não valem o investimento. Eu sei que dói, mas é assim mesmo.
- quando decidirem comprar, pensem no futuro. Um quarto o mais próximo da pré-adolescência possível, faz toda a diferença no orçamento. Aí à medida que o bonitinho ou bonitinha vai crescendo é só mudar a cor das paredes e alguns acessórios e pronto, temos um quarto novo de novo.
- diferentemente do que eu faço, sempre meçam o local onde pretendem por os móveis, para evitar problemas. Eu e o Fabricio nunca fazemos isso, eu sempre fico olhando pro móvel dentro da loja e imaginando o espaço lá em casa e digo, cabe, cabe sim. Como meu santo é forte, sempre cabe... mas nem sempre é assim. Então, ter uma fitinha métrica na bolsa e as medidas num bloquinho são tudo.
- marido e mulher dentro da loja tem comportamentos totalmente diferentes, o que pode gerar uma certa impaciência de um ou de outro, ou dos dois, nesta mesma ordem. Então, antes de sair de casa, pensem que é um momento muito bacana e que nada vai atrapalhar este dia. Mulheres acham tudo o máximo e dizem, "olha que bonitinho, olha que amor, as gavetas são de correr, que máximo! Vai ficar lindo, tenho certeza!" O homem, olha e pergunta, é de MDF? quanto tempo dura? esses vidros aí da porta o bebê pode quebrar? tem como mudar as prateleiras? Não tem como fazer a porta sem os vidros?" Isso causa um certo transtorno entre o casal, pq na cabeça da mulher ela já decidiu e na cabeça do homem, é só o começo de uma longa e detalhada análise.
- na hora de fechar negócio peçam desconto, sim. Sem dó, nem piedade! A gente sempre leva uns 10% e mais alguns pilas de lambuja. É só fazer umas caras e bocas e fingir que só falta isso pra fechar, apesar de já estar fechado na sua cabeça.
- comprem o básico: guarda-roupas, cômoda, berço e uma poltrona para dar de mamá. O resto, vovós, vovôs, amigos e parentes proverão.
- converse com todo mundo que tem filhos pequenos (e claro, que tenham relacionamento próximo com vocês) e arrecadem coisas seminovas. Os bebês usam pouco cada ítem, fica tudo com cara de novo e elimina um bom investimento no final, o que com toda certeza será revertido em inúmeros pacotes de fraldas descartáveis, potes de Nan e Hipoglós.
- sempre verifiquem se está incluso no custo entrega e montagem. Normalmente, este é um valor pago em separado e o serviço terceirizado.
- considerem o prazo de entrega, que leva em torno de 30 dias. Se considerarmos que muitos bebês resolvem vir ao mundo antes da hora, com uns seis meses de gravidez é bom ter o básico pronto.





"A decisão de ter um filho é muito séria. É decidir ter, para sempre, o coração fora do corpo." E.Stone

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Terapia de família na Renner

Pensando em antecipar a correria de última hora do Dia das Mães, onde filhos e maridos indecisos abarrotam as lojas de departamento em busca do agrado ideal para suas mamis e esposas, reservei meu horário de almoço para ir até a Renner buscar o presente da dona Vera. Como não sou boba nem nada, já saí com a idéia definida. Só escolher o modelo e a cor e pronto! Em dez minutos eu já estava posicionada no caixa, feliz da vida com o récorde de rapidez na Renner. Logo atrás de mim, uma mãe, seu filho de uns 17 anos e sua filha de uns 25.
De repente, começa a gritaria:
- É quase uma hora e a gente ainda tem um monte de coisas pra fazer. Precisa levar um ano pra escolher um par de brincos e um colar, mãe? Que ridículo! Ficar perdendo meu tempo nessa bosta de shopping. (isso num tom de voz que toda loja ouvia)
- Cala essa tua boca! (dizia a mãe para seu filho) Eu te disse que ia ser demorado. Que eu ia olhar tudo, com calma. Por que tu veio junto? Só pra me estressar? Cala boca e não me enche!
- Essa droga de fila não anda? (disse a filha)
- Filha, tu pegou três boinas iguais?
- Tá cega mãe? É uma cinza e preto, uma preto e cinza e a outra preto cinza e branco? (disse bem irritadinha a moça e as boinas eram iguais mesmo)
- Mas pq tu não leva só uma?
- Ai mãe, não enche. O que é 14 reais por mês por três chapéus lindos?
- Filha tu pegou um colar de pérolas? Que lindo. (disse a mãe pra fazer as pazes)
- Lindo nada! Colar de pérola é coisa pra véia! (falou o filho delicado)
- Que que tu entende de colar de pérolas, fulano? (retrucou a irmã)
- Tuuuuuuuuuudddddddddddo! (disse ele. como diria a maísa, "tá bom querido")
- Ôfulano, vai lá em cima e ve se o caixa tá mais vazio. Esse aqui tá parado! (berrou a mãe pro filho)
- Eu não. Se tu quer tu vai. Tu que quis vir nessa bosta de loja. Agora aguenta.
Eu já queria afofar todos os três a pau. Pelo amor de Deus, que falta de educação. Pra mim, terapia de família deve ser feita num consultório, entre quatro paredes e não no meio da Renner. O carinha que estava na minha frente olhou pra trás e eu disse: será que a gente tem mesmo que ficar ouvindo isso? E ele pra mim: acho que essa senhora não ouviu falar da super nany, ia fazer uma diferença...
Paguei minhas compras fui dar mais uma voltinha e quando passei pela Renner de novo a família "estresse" estava ainda no caixa discutindo...


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Hoje eu to inspirada.
Enquanto o panfleto que eu tenho que liberar pra um cliente não chega, eu lembrei que há tempos quero dividir com vocês a seleção de musiquinhas pra cantar pro baby.
Na minha opinião a era Boi da Cara Preta já era. Olha a cara de pavor do mocinho aí do lado. Eu não quero isso pro nosso filhote.
Então, vamos ao play list.
Quem puder contribuir com a lista (acho que vão faltar canções para tantos momentos de "nana nenê") sinta-se em casa.

Musiquinhas que são tudo na vida de um bebê com sono.

- avião sem asa, fogueira sem brasa sou eu assim sem você (sem comentários, espero que só eu chore com ela)
- quero te encontrar, quero te amar, você pra mim é tudo, minha terra, meu céu meu mar (tem declaração de amor mais fofa que essa?)
- te ver e não te querer é improvável, impossível, te ter e ter que esquecer, insuportável dor incrível (adoro essa. não sei se ele/ela vai curtir, mas eu vou)
- tchubaruba - da Mallu Magalhães (muito de criança, muito fofa, muito tudo)
- como é grande o meu amor por você (falem o que quiserem, mas o roberto sabe das coisas)
- codinome beija flor (mesmo que a letra seja bem adultinha, é liiiiiiiiiiiinnnnnnnnddddddddddda)
- borboletas - vitor e léo (tenho que admitir, a-do-ro!)
- Anjo da Guarda - Marisa Monte (bem de ninar, bem delícia pra relaxar)
- Magamalabares - Marisa Monte (coisa mais querida do mundo. quase um hino pra mim)
- Espatódia - Nando Reis (eu tenho uma coisa com essa música. Tem que estar no repertório)

Ouvido de mercador

Vocês já pararam para pensar em como as pessoas gostam de assustar as grávidas?
Não sei se estou mais suscetível aos ataques de pessimismo em massa, ou se as pessoas têm um certo prazer em contar casos trágicos para as futuras mamães.
Eu tava me lembrando de algumas histórias que ouvi nas últimas semanas e que me fizeram chegar a esta triste conclusão.

Quando eu estava dizendo que preferia parto normal (esse é sempre um assunto polêmico. Estou chegando à conclusão que até mais que política ou religião), uma mãe me contou que seu parto foi tão horrível, mas tão horrível, mas tão horrível, que rasgaram ela toda (assim, com essas palavras). Vocês não acham bastante animador?

Outra me disse que também teve parto normal, mas o bebê foi tirado com fórceps e ficou com a cabecinha bastante machucada e que também o pós operatório dela foi horrível e ela não consegui nem ir ao banheiro durante um tempão.
Devo desistir agora? Ou aguardo as cenas dos próximos capítulos?

Outro dia ouvi sobre uma cesariana horrorosa, complicada, conturbada, desastrada, um inferno.
E aí, além de parto cesária e parto normal já inventaram outra forma do bebê sair?

Mas como sou uma otimista de carteirinha e tudo, prefiro me apegar em histórias como a da minha irmã, que teve uma cesariana maravilhosa, tranquila e um pós operatório de dar inveja. Ou na história da amiga dela (minha heroína do parto normal) que teve dois bebês de parto normal e nem levou pontos de tão fácil que foi. Ou ainda na professora de pilates da minha professora de pilates que teve seu bebê em curtíssimos três minutos.

Mas as tragédias não param por aí.

O que mais escuto é:
"te prapara, dorme agora pq depois tu vira um zumbi." (que delícia, adoro filme de terror)
"o meu filho chorava a noite toda sem parar, tinha cólica, refluxo, não chupava bico e só dormia se tivesse no colo." (vou ver com o oráculo se o nosso será assim e já vou me preparar antecipadamente)
"minha filha não aceita dormir no quarto dela. até hoje (três anos depois) ela só dorme no nosso quarto." (sexo só no motel, então?)

Será que ninguém lembra de nenhum momento delícia?
Tipo:
"após os três meses meu filho já dormia a noite toda" ou
"minha filha tinha cólica só de vez em quando e tomando remedinho já passava" ou ainda
"foi lindo quando ouvi mamãe pela primeira vez"

Gente, de verdade, não quero menosprezar o sofrimento alheio. Cada um tem sua história. Umas mais felizes, outras nem tanto. Sei que ser mãe e pai não deve ser nada fácil. Eu já fui uma filha e posso garantir que dei bastante trabalho (acho que ainda dou). Sei que o parto pode ser complicado, que o pós operatório pior ainda, que os bebês não são comprados na sessão infantil do Bourbon, que eles choram, tem cólica, cocô trancado, podem ter refluxo, mas não é muito mais tranquilo pensar que vai correr tudo bem e que se os problemas acontecerem a gente vai administrando? Ou ainda pensar em como vai ser irresistível o dia que sair o primeiro mamãe ou papai, quando pegar na sua mão pela primeira vez, quando se sujar todo de papinha e achar tudo segurar a colher sozinho? Eu e o Fabricio preferimos. É por isso que gosto de dizer que quando o assunto começa a ficar muito baixo astral eu prefiro me mudar para a "Lolândia".


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Posso ficar aqui?
Claro que sim.
Que tu tá fazendo?
Salada de alface. Quer me ajudar?
Sim.
Então vai cortando a folhinha e devolvendo pra mim.
Tá.
Que que tem na tua barriga?
Um bebezinho.
Posso ver?
Não dá. Ele tá dormindo lá dentro. Tá crescendo ainda.
Ah. Não dá pra ver então?
Não. Mas logo, logo quando a barriga ficar deeeesssste tamanho, ele sai.
É?
Sim.
Ah, então é por isso que tu tá meio gorda.
Sim. Pq p bebe cresce aqui dentro e a barriga fica muito grande, mas quando ele sair daí de dentro, tudo volta ao normal e eu fico magra de novo.

(i hope so!!!!)